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O ano de 2025 foi declarado pela mensageira Alice A. Bailey como um importante ano conciliar, coincidindo de forma interessante e inesperada com o Conclave do Vaticano para a escolha do novo Papa, como que a reforçar o presente concílio secular da Hierarquia, sobretudo porque há rumores de que este pode haver sido o último Papa ou servirá como transição. Também é simbólico o caráter internacional deste Conclave Papal, reunindo a maior diversidade étnica de cardeais em função dos esforços do Papa Francisco.
Também podemos falar é claro do Festival Wesak que vem sendo muito valorizado neste ano pelas mesmas razões, coincidindo da mesma forma com as datas dos conclaves anteriores, e que na atualidade estaria sofrendo importantes transformações como seria de se esperar pelos fatos neles envolvidos. Tudo isto estará sendo tratado neste trabalho.
Assim poderíamos efetivamente tratar de associar os três Concílios atualmente em curso com as energias da Nova Era, da Nova Raça e da Nova Ronda. Cada uma dessas reuniões possui uma natureza particular e também pode durar por um prazo específico. Os Conclaves papais são conciliábulos secretos que tem durado ultimamente apenas dois ou três dias. O Wesak por sua vez tem sido apresentado como um evento que acontece apenas por algumas horas em torno da Lua Cheia, ainda que haja tendências de se ampliar este prazo como ocorria nos seus primeiros tempos como veremos mais no final deste Capítulo. E o Concílio da Hierarquia também pode tardar vários dias, afinal está se procurando através disto irradiar e ancorar novas energias no planeta.
Também seria interessante notar que, e para concluir esta apresentação, cada concílio tem preparando o seguinte de uma forma muito orgânica. Começamos com algo mais tangível como o Conclave Papal, prosseguimos para um Festival místico adequadamente simbolizado pela lua cheia do Wesak, para tudo concluir num Concílio esotérico relacionado à Hierarquias ainda algo misteriosas para a humanidade, e que será tema de estudos à parte.
1. O Conclave Papal
A eleição do novo Papa Leão XIV parece demonstrar coerência e oportunidade da parte da Igreja de Cristo, ao evidenciar um legítimo espírito pastoral. A Igreja de hoje sabe afinal muito bem quem realmente necessita ser evangelizado e não são apenas os pobres, estes precisam ser sobretudo protegidos em sua dignidade, e nada melhor do que um Leão de Deus para fazê-lo -e sem concessões ou contradições desnecessárias, preservando e perpetuando o melhor do legado do Papa anterior com o qual manteve uma forte proximidade.
Ora se a eleição de um Papa sul-americano como foi Francisco já surpreendeu até pelo belo sincronismo das datas de 2012 tão importante para as Américas, a eleição de um novo Papa tão conectado com a região foi de certa forma ainda mais inesperada e reforça de maneira dramática (digamos assim) este elo profético e ao mesmo tempo ancestral. Tudo indica que o Vaticano está olhando com muita atenção para a sua igreja nas Américas. Historicamente os jesuítas de Francisco possuem um vínculo direto de fidelidade com a América do Sul.
O Peru, que representou o foco da vida pastoral do novo Papa, não é apenas um lugar místico ou xamânico e sim um dos polos culturais mais ricos do subcontinente e um dos grandes berços da Civilização ocultando mistérios ainda mais indecifráveis do que aqueles da Suméria que de certa lhe foi contemporânea e até paralela sob muitos aspectos. Por isto o profundo simbolismo desta conexão.
Não parece haver dúvidas portanto, que o Vaticano está inteirado do conceito de Novo Mundo, em todas as suas dimensões possíveis, não desejando algum retrocesso por mais louvável que pudesse ser a atenção à diversidade do mundo contemplado pela fé cristã. De todo modo, a maior população católica do planeta realmente reside na América do Sul.
Após a surpreendente eleição de dois papas relacionados com a América do Sul, não podemos duvidar que a própria História já está assinalando esta região como o novo Polo espiritual do planeta. Certamente os mundos internos também aproveitarão a oportunidade para manifestar as suas mais elevadas energias na região, quer dizer: a própria exteriorização da Hierarquia.
Com efeito não é difícil dizer que a transição da Igreja para o Novo Mundo já estaria se realizando -podendo-se dizer o mesmo quanto à espiritualidade do Oriente. Enquanto a Europa tende para o liberalismo as Américas ainda se nortearão pelo conservadorismo em função de sua própria formação espiritual.
2. O Wesak Cósmico
Wesak é o nome do Mês de Maio na Índia, associado à Constelação de Touro e relacionado aos eventos da vida do Buda. Porém, embora se fale de Touro, a verdadeira fonte das energias do Wesak são as Plêiades, anexas a Touro. Como é sabido as Plêiades -também conhecidas como “Atlântidas”- eram uma constelação associada à antiga Atlântida.
Alice A. Bailey fez muitos esforços para associar a Constelação de Touro a Shambhala, mencionando um misterioso “olho do Touro” -ainda que ela também costumasse dar um destaque especial às Plêiades em outros contextos. Não obstante- e já falando da Lua propriamente dita-, outro segredo oculto na Lua Cheia de Touro é o fato de que esta Lua na verdade está em Escorpião, onde tampouco necessitamos procurar muito para encontrar referências cósmicas notórias, uma vez que Escorpião aponta para o próprio coração da galáxia -e neste caso algo tão misterioso como o buraco negro central condiz com os profundos mistérios do signo associado. Poderia haver algo mais poderoso e original do que o Núcleo de nossa Galáxia?! Talvez apenas o próprio Big-Bang, algo que todavia mal passa de somente mais uma teoria entre outras.
O Wesak remonta com efeito à Atlântida, e o verdadeiro fator de conexão era o próprio Rei do Mundo. Originalmente tratava-se de um ritual destinado àqueles que estavam preparados para a Terceira Iniciação, a qual se tornou possível no final da Lemúria, ou no contexto da transição do Manvantara atual quando chegou ao planeta Sanat Kumara para organizar a primeira Shambhala.
Com efeito tudo começou presencialmente com Sanat Kumara quando ele esteve encarnado naquela transição mundial. Iniciações coletivas eram organizadas anualmente para selar o grau dos candidatos mais avançados. Estas eram ocasiões muito solenes porque a conquista da terceira iniciação representa uma dádiva realmente especial uma vez que libera o ser humano dos principais miasmas do astral e concede grande leveza e sutileza, daí o símbolo do cisne que flutua majestosamente sobre as águas. Esta iniciação também é conhecida nas profecias onde é anunciada como “o batismo de fogo”.
Antes de ascender para os planos sutis o Rei do Mundo prometeu que permaneceria realizando a sua assistência junto à humanidade nos mesmos termos de então. E assim o Kumara manteve os ritos a partir dos planos etéricos, o que também pode ser realizado por muito tempo com bastante efetividade porque os verdadeiros iniciados apresentam boa clarividência e sensitividade.
Nesta ocasião o aspirante não apenas recebia uma carga especial de energias do Rei do Mundo para estabilizar a sua aura, como também alcançava vê-Lo fisicamente -ou antes etericamente, que é quase a mesma coisa porque o físico representa apenas uma densificação do etérico-, e que a humanidade passou a receber em função da densificação da sua consciência; os mitos guardam esta realidade através da ideia de que Adão e Eva receberam vestes após o pecado original, pois até então estavam nus significando a sua condição ou a sua percepção etérica mais sutil.
Na realidade tudo isto continua acontecendo. Porém como a informação do Wesak foi de tal forma “socializada”, alguns véus foram apostos e o evento tornou-se mais exotérico. Os Budas também sempre fizeram parte dos trabalhos do Wesak, e quando este se tornou apenas mais um “festival” popular dos Himalaias então o Buda assumiu um protagonismo central para que o evento não caísse no vazio. Contudo o seu caráter iniciático não foi de todo perdido, e aqueles que estavam preparados seguiam recebendo na ocasião a sua terceira iniciação, enquanto buscavam realizar esta conexão entre o Buda e as Assembléias que faziam os seus ritos.
Não obstante, inevitavelmente a iniciação terminou recebendo um caráter simbólico e meramente ritual. E então o quadro teve que adaptar-se às novas circunstâncias. Como o conhecimento dos antigos fundamentos do Wesak foram se perdendo, o Senhor do Mundo passou a privar individualmente com os candidatos à iniciação solar, e não apenas num local determinado dos Himalaias ou mesmo em algum outro local público predeterminado. Atualmente o discípulo aceito é preparado e conduzido para um local de poder, um certo ashram conectado às Hierarquias de Shambhala ou à Loja Branca dos Mestres. Ali ele tem a visão do Senhor do Mundo e recebe um impacto de suas energias, sendo comunicado assim de que está ingressando no refinado universo da terceira iniciação que lhe confere a condição Hansa, que é o cisne que serve de veículo para os deuses Brahma e Sa-raswati, tomando posse então praticamente das energias da criação.
Contudo com a chegada da Nova Era as antigas conexões coletivas também serão retomadas, uma vez que a iniciação solar sempre torna-se uma condição mais comum numa Era positiva. Esta retomada da iniciação solar grupal na Nova Era tem sido anunciada já pela Hierarquia através de suas mensageiras. De modo que a partir do presente Wesak estas possibilidades já estarão sendo dadas através da manifestação do Buda Maitreya.
Enfim como tem sido dito, doravante Maitreya passa a somar-se aos esforços de Gautama no Wesak, para oportunamente substitui-lo nesta função de mediador divino e liberar o antigo Buda para suas futuras missões. Na verdade com isto Maitreya também estará reassumindo o antigo papel de Sanat Kumara, ao tornar-se o Quinto Kumara ele mesmo para trabalhar na abertura da Quinta Ronda planetária. Provavelmente um novo local de reuniões coletivas também deverá ser estabelecido oportunamente no Ocidente (quiçá nos próximos séculos), que é a região de manifestação da Nova Shambhala.
Para muitos os Concílios da Hierarquia são apenas um evento etérico ou hipotético, porém a partir da manifestação da Hierarquia este quadro muda, incluindo o próprio Wesak que volta a ser um rito de iniciação regular sob os auspícios do Senhor do Mundo. Para todos aqueles que estão realmente atentos aos tempos, o Concílio de 2025 da Hierarquia não apresenta apenas mais um evento interno ou subjetivo, e sim o começo de um novo processo de relacionamentos ativos e manifestos com as Hierarquias espirituais.
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Sobre o Autor
Luís A. W. Salvi (LAWS) é estudioso dos Mistérios Antigos há mais de 50 anos. Especialista nas Filosofias do Tempo e no Esoterismo Prático, desenvolve trabalhos também nas áreas do Perenialismo, da Psicologia Profunda, da Antropologia Esotérica, da Sociologia Holística e outros. Tem publicado já dezenas de obras pelo Editorial Agartha, além de manter o Canal Agartha wTV.
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