A Teosofia em geral tem uma forte influência nos novos ensinamentos, especialmente em suas vertentes históricas centralizadas em Helena P. Blavatsky e sua sucessora espiritual Alice A. Bailey. Porém, dentro das revelações do Plano da Hierarquia, procura-se hoje dar uma cor mais “científica” ao tema, tratando basicamente de retirar os véus remanescentes, além de apurar sínteses e agregar idéias complementares, como seria a questão social e a própria espiritualidade e iniciação. Esta é a origem da “Teosofia Científica”, uma doutrina promissora que trabalha basicamente com a Ciência dos Ciclos. Uma Teosofia Científica reuniria -nada mais e nada menos- que os dois pólos extremos do conhecimento (espiritualidade e ciência), preenchendo daí todo o leque do humano saber.

APRESENTAÇÃO ........ HOME ........ INICIAL ........EDITORA........ VIDEOS........ GRUPOS........ GLOSSÁRIO

O Grande Concílio de 2025

    Assista também a este conteúdo resumido em Vídeo

Quando tantos Concílios acontecem ao mesmo tempo e atraem tantas atenções das pessoas no mundo todo, é porque algo muito importante pode estar por acontecer. Naturalmente tais concílios atuam em diversos níveis conjuntamente, permitindo a canalização de uma energia muito ampla e profunda. Esta triplicidade pode ser também evocada pela soma Nove da numerologia do presente ano, quer dizer: 3x3. 

Segundo os informes apresentados, o Concílio da Hierarquia se destina a liberar novas energias para o planeta. De algum modo essa decisão afetaria sempre os rumos da humanidade.

A seguir analisaremos o presente Concílio à luz de suas principais possibilidades, observando que ele pode ter dimensões não apenas seculares como muitos imaginam na atualidade, mas inclusive raciais e até mesmo cósmicas. E para não se dizer desde já que podemos estar apenas especulando, trazemos uma citação da própria Alice A. Bailey sobre a natureza do grande alinhamento que acontece nos tempos atuais -o tema é na verdade recorrente em sua obra, tal como escreveu a grande esoterista em “A Exteriorização da Hierarquia”:

"...deve-se ter em conta que estamos entrando em uma ronda maior do zodíaco e isto coincide com a atividade zodiacal menor, porque Aquário rege o ciclo imediato maior de 25.000 anos, e é também o signo em que entrará o sol para um período de 2.300 anos...

"...o ciclo no qual estamos entrando com a Era de Aquário representa um evento muito extraordinário e pleno de importância, porque é onde pela primeira vez os três ce-tros planetários maiores –Shamballa, a Hierarquia e a Humanidade– estão em relação direta e ininterrupta..."

Tal “sincronização galática” representa pois a organização do caduceu planetário que viabiliza uma iniciação cósmica, trazendo uma Revelação maior semelhante àquela que aconteceu na época da chegada de Sanat Kumara à Terra.

Neste vídeo iremos tratar do Concílio da Hierarquia sob diferentes ângulos e buscar também o apoio dos mitos e das profecias das Américas em relação à tudo aquilo que os tempos anunciam, pois afinal seria este mesmo o grande palco de manifestação datas profecias.

1. Um Concílio Racial

A ideia dos concílios periódicos trazida por Bailey pode parecer às vezes algo inusitada, porém existem registros em outras tradições, especialmente no caso de grandes datas como seria a presente. A tradição mexicana registra que o começo do Quinto Sol nahua ocorrido há cerca de cinco mil anos, foi aberto através de uma Assembléia de Deuses ocorrida na Cidade sagrada de Teotihuakan. Ali foi acesa uma fogueira para que os candidatos a se tornarem deuses daquela raça emergente entrassem e assumissem desta forma os seus postos.

O deus mais famoso da época, Tecuciztécatl que era um nobre de tradição, hesitou porém em entrar na fogueira. E nisto um deus obscuro mas resoluto chamado Nanahuatzin, deu um passo adiante e entrou no fogo tornando-se assim o Quinto Sol. Envergonhado o nobre então lhe seguiu, porém tudo o que conseguiu foi tornar-se a Lua. O Sol simboliza aqui tanto a realeza quanto a verdadeira iniciação, enquanto a Lua representa o misticismo e o sacerdócio.

É preciso reconhecer porém que estamos aqui diante de um cenário de mitos. Como compreender então esta antiga mensagem fundacional? A ideia subjacente seria que neste momento central da transição fosse realizada uma revelação essencial, acompanhada pelas devidas provas e testemunhos, e seguida daí pelo reconhecimento público da situação geral da espiritualidade de então, a partir da conscientização de quais caminhos podem realmente levar a uma libertação humana e quais são enganosos ou parciais, levando assim à uma consensuação das coisas para que um novo tempo pudesse começar para todos sobre as bases da justiça e da Verdade. Somente assim a humanidade poderia começar uma Nova Era com o pé direito e dar início à sua reconstrução do mundo, sob a guia segura Daquele que com esforço e por vontade de Deus se ergueu como um farol dentre as sombras dos tempos conquistando a visão dos caminhos futuros da humanidade.

Segundo a lenda tudo isto aconteceu no ano de 3113 a.C. Acontece então que a tradição hindu situa o começo da raça arya, ou quinta raça, apenas treze anos após este evento mexicano, referido antigamente na Índia como o final do Kali Yuga atlante, analogamente a como o Kalki avatar também é esperado para encerrar o o Kali Yuga áryo; ainda que estes temas tenham terminado se tornando objeto de muita confusão e distorção, em função do desconhecimento da existência de ciclos paralelos usando designações semelhantes, como os hindus costumam fazer.

Seja como for, é por esta razão que situamos o presente ano de 2025, posicionado treze anos após o 2012 Maia de renovação racial, também como um ano de renovação de raças para os orientais. Embora o ano profético de 2012 tenha tido a sua validade espiritual, não se criou ali um verdadeiro consenso entre os eruditos sobre o significado desta data, impedindo talvez maiores trabalhos na época, uma vez que nunca se encontrou verdadeira menção sobre um Sexto Sol. No item seguinte daremos mais detalhes sobre esta questão e a sua possível solução.

Agora porém todo o assunto está mais delineado, em função dos anúncios realizados por Bailey e reforçado pelo conclave Vaticano, ainda que a verdadeira dimensão do evento possa estar longe de ser devidamente avaliada. Na menor das hipóteses muitos estudantes dedicados da Teosofia esotérica estarão atentos à questão aportando energias e dando as suas contribuições. Mas seguramente também existem forças hierárquicas atuando de uma forma especial em prol do engrandecimento e da renovação do evento, no qual foi previsto a manifestação da Hierarquia como vimos, para além dos Concílios registrados em datas recentes que estavam limitados a um novo aporte de energias. 

Doravante a antiga oferta de um alinhamento mais estreito com a humanidade deverá dar um passo adiante, porque a hora exige maior direção e protagonismo da parte da humanidade em seu próprio bem.

2. Um Concílio Mundial

Queremos contudo trazer alguns contrapontos aqui e ampliar o nosso debate. Acontece que a ideia de uma nova raça em continuidade às anteriores está longe de ser uma ideia consensual, tratando-se apenas de uma dedução de estudantes ainda leigos diante de um quadro desconhecido de renovação de tempos. Por esta razão os arqueólogos jamais endossaram a ideia de um Sexto Sol maia. A alternativa seria admitir que o antigo Quinto Sol ou a Quinta Raça árya realmente encerrassem todo um ciclo cósmico maior, como poderia estar realmente acontecendo na atualidade, inclusive quando pensamos na dimensão de cinco mil anos das eras maias de Conta Larga capazes de fechar todo o ciclo maior, e que tampouco é estranha às Filosofias do Oriente. 

Neste sentido, o estudante das Estâncias de Dzyan divulgada por Blavatsky em sua Doutrina Secreta, e que pertence ao sistema tântrico Kalachakra, facilmente poderá notar que se faz menção ali de apenas cinco raças -todas as referências a uma sexta ou sétima raça-raiz partem exclusivamente das reflexões de Blavatsky. O cinco é com efeito o grande número-mandala do Budismo, e no caso presente mereceria talvez destaque a mandala dos Dhyani Budas, os famosos “Budas meditativos”.

E neste caso estaríamos diante não apenas de um novo evento racial mas também cósmico. Se fosse este um Concílio racial teríamos então uma efusão da energia da Hierarquia, mas em se tratando de um Concílio cósmico de ronda ou até de kalpa, seguramente teremos a efusão da energia de Shambhala!

E por falar em Shambhala na verdade temos uma direta confirmação deste quadro. Acontece que, numa leitura mais tradicional das mesmas Estâncias de Dzyan, e uma vez retirados os últimos véus da Doutrina Secreta, tem-se claro que o momento atual é exatamente simétrico àquele da vinda de Sanat Kumara ao mundo, que foi também o da criação de Shambhala em meados da raça lemuriana. Aquilo se deu no final da Era de Virgem, daí o nome “Kumara”, e agora estamos no final do signo oposto de Peixes.

Acaso este quadro maior ainda nos permitiria falar em termos de Concílio? Ora seguramente o tema dos Concílios são cumulativos. Até porque a situação não descarta a questão racial, apenas estaríamos tratando isto sim de uma nova primeira raça -e uma raça primordial sempre traz signos solares ou de síntese fantásticos. Quer dizer: trata-se isto sim de uma nova Raça Primordial que estará sendo então gestada, com toda a sua gloriosa natureza divina ou, para ser mais exato, uma raça iogue como ensinam as Estâncias de Dzyan textualmente acerca da natureza das raças primordiais. Seja como for, na prática teremos também uma transição durante toda a setenária Era de Aquário até a chegada da mudança da ronda, o que dá certa margem para se falar até de uma Sexta Raça segmentada.

Com efeito mesmo ao nível de Shambhala também se poderia falar sobre Concílios. Lembremos que as narrativas orientais falam que em Shambhala reuniram-se todos os Quatro Kumaras para levar a cabo os esforços da transição de ronda que Sanat Kumara buscava protagonizar então. Tais Kumaras seriam os regentes cósmicos das quatro rondas até aqui acumuladas pela humanidade. Suas presenças possuem também uma importância especial na iniciação cósmica de cada novo Senhor do Mundo, inclusive dentro de ritos organizados. Detalhes sobre estes ritos realizados na Câmara de Shambala não podem ser dados abertamente, porém relacionam-se -por exemplo- com geometrias sagradas destinadas a ativar as novas energias. Da mesma forma que se estarão reativando as conexões siríacas com a Terra. 

Sírio integra as profecias hopis. Os Hopis representam um dos raros povos que medem o tempo através das grandes rondas mundiais de evolução, acertando estarmos atualmente no quarto mundo com todos os seus arquétipos próprios. Por isto é importante evocar neste momento a rica mitologia e cosmologia hopi para tratar dos mistérios maiores dos novos tempos do planeta. Eles profetizaram a chegada do povo do arco-íris, numa evidente alusão ecumênica. Não falta-lhes sequer a imagem da escada sagrada semelhante à existente no paraíso Tushita dos Budas pela qual eles devem subir e descer à Terra para cumprir as suas missões.

 A esplendorosa estrela Sírio, uma gigante branca ou azul associada à Mãe Ísis pelos egípcios, representa a sede do Quinto Logos cósmico e está relacionada ao Cristo cósmico e à Loja Branca, e corresponde à estrela azul Kashina da profecia hopi, que virá para renovar e para regenerar o planeta.

Para saber mais

Revelações cósmicas sobre o Wesak

Quem é o Maitreya aguardado (o Novo Wesak)

A Missão de Maitreya - a revelação

A Iluminação da Maitreya

Maitreya e a experiência Serpentina

Maitreya - a Jornada do Bodhisatwa

Maitreya - tornando-se um Buda

Veja também 

A Lenda do Kalki Avatar

Kalki e Padma - um encontro cósmico

A aristocracia cósmica de Maitreya

A vinda do Avatar segundo a Teosofia e a Tradição Cíclica

Tushita: O Reino da Felicidade


Sobre o Autor

Luís A. W. Salvi (LAWS) é estudioso dos Mistérios Antigos há mais de 50 anos. Especialista nas Filosofias do Tempo e no Esoterismo Prático, desenvolve trabalhos também nas áreas do Perenialismo, da Psicologia Profunda, da Antropologia Esotérica, da Sociologia Holística e outros. Tem publicado já dezenas de obras pelo Editorial Agartha, além de manter o Canal Agartha wTV 


Nenhum comentário:

Postar um comentário