I. APRESENTAÇÃO
1. Estamos atualmente na aurora de uma nova raça cultural, porque a Raça Árya se extingue cronologicamente neste momento, terminando a sua vigência formal no ano de 2025, como temos explicado através dos calendários tradicionais antigos.
2. Com isto abre-se um novo degrau de evolução para a humanidade. E este degrau pode ser a um só tempo glorioso e dramático em função da natureza da iniciação que a aguarda, que é uma iluminação verdadeira em função do pleno despertar do chakra do coração.
3. A iluminação é o Nirvana, a transcendência dos mundos materiais, e o momento histórico atual também corresponde àquele em que o planeta começa a entrar em Pralaya, que é o nome do Nirvana para as esferas cósmicas.
4. Sabidamente porém, uma iluminação verdadeira demanda uma criteriosa preparação porque suas energias são muito poderosas. Esta é uma informação reconhecida em geral, porém duas coisas acontecem então.
5. Por um lado se desconhecem hoje os caminhos que preparam e capacitam esta grande iluminação, pela qual se eleva em definitivo a energia Kundalini transformando totalmente a energia pessoal,
6. E de outro lado -e até em função do anterior-, existe toda uma mística difusa que cultua insights provisórios e experiências extáticas contemplativas superficiais, como se fossem a própria iluminação.
7. De modo que este duplo-problema necessita ser curado previamente, através da restauração dos caminhos que habilitam a verdadeira iluminação, e que corresponde naturalmente à Iniciação anterior de caráter solar ou mental, que foi uma característica da elite espiritual Árya, de modo que se trata de tema razoavelmente registrado na História
9. No entanto muito foi dado sobre a própria Iniciação Solar, com este nome ou não, assim como por outros mensageiros, uma vez que os Mestres têm estado muito preocupados com a restauração destes conhecimentos por diversos motivos, inclusive por estarmos diante do umbral de uma transição planetária Maior.
10. Com efeito o momento atual é exatamente simétrico àquele descrito pelas Estâncias de Dzyan, quando a Hierarquia esperava para encontrar pessoas preparadas para receber a Iniciação Solar, havendo sondado toda as raças com este propósito até que na Lemúria finalmente tal coisa se tornou possível.
11. Na época também havia muitas razões para que esta prática fosse estimulada, razões sociais e razões espirituais que em última análise também acarretam efeitos coletivos.
12. As razões sociais significam que a Iniciação Solar representa uma grande forja de lideranças superiores para a humanidade a serviço de Deus - são os gigantes espirituais de que fala o Livro do Genesis, numa época em que eles já estavam em decadência-, muito necessários para realizar a missão planetária da época de transição de ronda planetária e de criação da Civilização, o que também representava uma novidade enorme então.
13. E as razões espirituais remetem justamente à preparação para a Iluminação que viria a representar a iniciação da Hierarquia atlante, capaz de colocar as bases da religiosidade da presente ronda ou Manvantara.
14. De sorte que através da Iniciação teremos uma recuperação moral e o alavancamento de novas lideranças planetárias, e através da iluminação grupal todo o planeta será regado por novas energias refinadas afetando o seu inconsciente coletivo. De um modo geral se criará um novo caldo-de-cultura muito elevado que também afetará o senso comum da humanidade.
15. Na atualidade existem razões ainda maiores para tudo isto ser buscado, tal como mencionado de início, quer dizer: toda uma raça a ser preparada para a iluminação, diante de um cenário de Pralaya planetário...
16. O incremento deste aporte técnico preciso e profissional é apresentado num momento histórico sensível onde os esforços pela iniciação e pela iluminação deverão ser levados muito a sério por todos, considerando que o planeta está deixando de servir como lar para a humanidade impedindo a viabilidade de futuras encarnações.
17. Ainda que para muitos esta situação possa soar cármica e incidental, ela também se insere não obstante num certo plano cósmico no qual o planeta -ou para dizer com maior precisão, a humanidade atual-, deve realmente se preparar para a sua liberação da matéria.
18. Todos os teósofos praticamente ouviram alguma vez dizer que estamos sob a regência de vários ciclos quaternários. Acontece então que nas iniciações o Quarto estágio é aquele da cruz espiritual, da iluminação verdadeira e da liberação das reencarnações.
19. Através de nossa Cosmologia desvelada demonstramos novos detalhes do quadro planetário, assinalando que com efeito mesmo alguns destes Quaternários começam a ser ultrapassados, trazendo ainda maior urgência aos esforços sob pena das pessoas não terem mais tempo sequer para investir as suas conquistas num empenho dirigido final de liberação.
20. Contudo para isto é preciso restaurar as verdadeiras Escolas de Iniciação, para além das fachadas douradas e dos discursos grandiloquentes, além de se restaurar os Mistérios Antigos ou Tradicionais, tal como pedia e anunciava devidamente o Plano da Hierarquia de preparação da humanidade para a Nova Era divulgado por Alice A. Bailey (em “Os Raios e as Iniciações”). Começaremos assim os esforços pela reabertura das Escolas de Iniciação verdadeira.
21. No presente trabalho buscaremos divulgar os princípios da Iniciação Solar como preparação para a posterior Iluminação, o que representa também um primeiro impulso na direção da reabertura das Escolas de Iniciação verdadeira.
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II. COMENTÁRIOS PRELIMINARES DE INICIAÇÃO
1. A verdadeira Ciência Iniciática -que podemos denominar como Surya Vidya ou Ciência Solar- deve ser restaurada hoje e reapresentada para a humanidade, daquela forma com era conhecida na Antiguidade e que ficou sedimentada nas conquistas das Raças e das Hierarquias e da Raça Árya em especial.
2. O Caminho para Shambhala conduz até à Presença divina através da Iniciação Solar. Aquele que é bem-sucedido nos seus esforços terá a honra de ter uma reunião privada com o Senhor do Mundo.
3. Alguns aspectos desta Ciência têm sido dados através de certas doutrinas conhecidas do público desde a publicação da Doutrina Secreta de Blavatsky e especialmente no decurso do Século XX, tendo o seu ponto alto em Alice A. Bailey e logo em nossas próprias divulgações.
4. Esta Ciência visa portanto conferir a Iniciação verdadeira para a humanidade, que representa também um portal e uma preparação para a verdadeira iluminação. A humanidade tem perdido o acesso à grande iluminação porque tem esquecido o caminho da verdadeira Iniciação com sua natureza ocultamente dinâmica e ardente.
5. A Iniciação verdadeira para a humanidade atual é de terceiro grau pois ela consumou a sua terceira raça espiritual que foi a Árya. Esta evolução também é conhecida como Iniciação Solar.
6. Registros públicos e notórios destas práticas solares esotéricas podem ser encontrados em muitas culturas com raízes antigas como o Egito, a Índia e o Tibet, entre outros.
Yoga Solar Egípcio (Tumba de Tutankamon)
7. A Teosofia também outorgou princípios e rudimentos a respeito do assunto, porém sob uma ótica mística e subjetiva. A antiga informação sobre os Anjos Solares transmitidas pela Hierarquia sob o filtro de amanuenses, deve ser completado agora e transposto para um plano de plena realidade e manifestação.
8. A informação anteriormente transmitida destinava-se aos iniciantes e até ao discipulado em provação, prestando-se melhor a um trabalho subjetivo de Alma e não uma verdadeira Ciência Iniciática ocultista e solar do Espírito.
9. Agora chega então o momento anunciado em que a verdadeira Iniciação será pedida e novamente oferecida, não como um luxo ou mesmo uma opção, mas qual uma demanda histórica e uma necessidade para fazer frente aos desafios dos tempos.
10. É preciso pois começar a despertar em definitivo do sono místico da Era passada, para que os discípulos possam se tornar realmente úteis aos Mestres nesta Nova Era de unidade através de um ocultismo prático verdadeiro.
11. “Armadilhas da consciência” é como certa filosofia classificou às místicas contemplativas evasivas. Ignorar a importância do poder espiritual é seguir no samsara porque os inimigos da luz têm poder. A Espiritualidade não é uma fuga do mundo.
12. Os místicos e “esotéricos” são aqueles que vivem no mundo dos deuses da Roda da Vida budista nos cinco mundos visitados pelos Bodhisatwas. Eles também precisam ser acordados.
13. Os místicos precisam hoje descer das nuvens das leituras literais das suas crenças que os colocam num ilusório plano atemporal, não para voltarem ao materialismo mas sim a um realismo que permita fazer frente aos desafios do seu tempo e também avançar na sua espiritualidade.
14. A consciência objetiva dos problemas do mundo pode ser importante para assumir uma espiritualidade para ativa e criativa, engajada e responsável. Isto importa porque realmente são grandes os problemas e eles estão em toda parte.
15. Quando despertamos para a urgência da evolução, dois caminhos se apresentam: o do esforço absolutamente árduo, sobre-humano e transcendental, ou solicitar a orientação daqueles que tem realizado já tais sacrifícios.
16. O ego é o grande castrador da espiritualidade, e a razão principal está na falta de um treinamento adequado na própria espiritualidade, concedendo um tempo integral e auto-entrega incondicional para as práticas durante um certo período.
17. A espiritualidade escolhe alguém para coisas grandes a partir da demonstração de pequenos gestos anônimos cotidianos de respeito e de consideração pelo próximo.
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III. PRIMEIRAS ORIENTAÇÕES
1. Os séculos anteriores têm reunido uma série de energias que reduziram substancialmente o potencial das práticas espirituais, criando um quadro bastante passivo e contemplativo.
2. A “energia” mais conhecida dentre estas é a Era de Peixes com sua natureza negativa (passiva) e aquática (psíquica). A espiritualidade de então ainda se esforçou para ajustar as coisas estimulando a compaixão, o serviço e a caridade. Tudo isto acabou sendo absorvido pelo avanço do materialismo no final da Era.
3. Não obstante grandes mudanças são agora anunciadas e requeridas no mundo. A Nova Era será positiva e suas energias devem ser devidamente organizadas e direcionadas. Para isto o ser humano necessita voltar a se empoderar espiritualmente para fazer frente ao crescimento dos poderes materiais.
4. Somente desta forma ele poderá assegurar uma série de necessidades vitais, a começar pela própria saúde e integridade interior, até a sua capacidade de responder à contento às demandas dos tempos com otimismo e esperança.
5. A Hierarquia necessita de veículos hábeis para cuidar das coisas do mundo e orientar a humanidade para dias melhores. Este representa o preceito da Sinarquia onde o espiritual e o material andam de mãos juntas sob a orientação justa do primeiro.
6. Para que os discípulos possam realmente ser úteis, demanda-se avançar nas suas práticas espirituais, incorporando as técnicas solares que remontam à verdadeira Tradição Primordial.
7. Para isto, muita informação mística e esotérica tem sido transmitida ao mundo no decurso do último século e mais. Em grande parte este quadro visava atender uma primeira onda de informações e preparar os estudantes para futuras realizações.
8. Sabendo que mesmo no Oriente os Altos Saberes já não estavam em voga, os Mestres decidiram começar um processo de informação direta com sensitivos ocidentais, uma vez que o Ocidente era o alvo final das atuais transições de tempos.
9. Ainda assim o caldo-de-cultura reinante impôs certas limitações iniciais, e vários canais foram procurados em diferentes partes do mundo com esta finalidade, resultando num quadro razoavelmente rico no final.
10. Como foi anunciado pelo Plano da Hierarquia de preparação da humanidade para a Nova Era (divulgado por Alice A. Bailey em “Os Raios e as Iniciações”), a terceira e última etapa conflagrada após 2025 seria caracterizada pelas energias da verdadeira Iniciação, o que significa dizer da Iniciação Solar, com foco no terceiro plano ou mental, e que foi alvo dos maiores esforços de Bailey em sua instrução discipular.
11. Tal coisa demanda pois avançar no conhecimento e no exercício do verdadeiro Ocultismo Solar -o que é quase sinônimo de Magia Branca-, seja em termos de ética quanto de técnica.
12. Muito sobre ética foi dado por Helena Roerich cujo ensinamento do Agni Ioga foi auto-definido como um “Ética Viva”. Em termos técnicos bastante informação foi conferida através de Alice A. Bailey. O estudante é estimulado a revisitar portanto tais fontes para estes propósitos.
13. Contudo como o aproveitamento destes ensinamentos têm sido insuficientes, estamos agora reforçando o quadro com informações mais claras e objetivas, até porque já não representa uma opção atuar da velha forma.
14. “Os degraus mais avançados são os mais simples”, disse H. Roerich. A verdadeira iniciação é despojada. Não tem as fantasias por fenômenos do noviço e nem as aspirações pelo paraíso dos discípulos. É apenas um peito aberto e um coração ardente. As pessoas estarão prontas para o Novo Ciclo? Estão prontas para forjar o auto-batismo de fogo? Estão preparados para a Nova Era?!
15. É preciso levar muito a sério as informações dadas pelas Hierarquias! Isto é vital não apenas para o planeta como também para nossas próprias vidas. Se a informação da Iniciação Solar ainda fora dada por Bailey para alguns discípulos em especial, agora ela deverá ser tida como a base para a nova evolução -tal como indicou Bailey mesma.
16. O aquecimento do mundo lembra do carma que a humanidade há muito vem acumulando em sofrimento e que um dia teremos que enfrentá-lo. Somente aquele que acende o fogo interior poderá neutralizar o fogo infernal.
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IV. PRINCÍPIOS DE INICIAÇÃO SOLAR
1. Iluminação -este umbral tão ignorado sem o qual não há liberação, eternidade verdadeira ou Adeptado. Mas sem uma preparação séria tampouco é possível iluminar-se.
2. Como foi dito, a Iniciação Solar representa o caminho seguro e necessário que conduz à Iluminação verdadeira. A perda deste referencial tradicional, tem levado as pessoas a confundir a iluminação com insights provisórios e com experiências extáticas contemplativas superficiais, ainda sem o concurso da elevação de Kundalini.
3. A Iniciação Solar prepara a aura da pessoa para o impacto da verdadeira iluminação, porque já funciona como uma mudança prévia de voltagem interna para uma alta frequência vibratória.
4. A maior parte do treinamento é realizado através da energia mental criativa. Para isto o pensamento não deve ou precisa ser detido -na Nova Era isto nem seria possível segundo Roerich-, e sim domesticado ou direcionado.
5. Basicamente temos aqui um treinamento tântrico e vajrayana -teoricamente falando é claro, porque na prática certos princípios tântricos têm-se perdido-, como na união entre técnica e sabedoria.
6. Trata-se de um treinamento efetivo Bodhicita “jóia no lótus”, ou seja: empregando luz e amor, e ainda reunido (e fortalecido) pelo mantra. Isto significa pois exercitar as três correntes de Kundalini, através dos centros da Tríade superior.
7. Em Alice A. Bailey a instrução mais sintética sobre a técnica da Iniciação Solar está no comentário sobre o bija OM como “pedra no lago” com imagem que na prática corresponde ao circumponto solar, onde o círculo é o “M” feminino e o ponto é o “O” masculino. Trata-se da mesma “joia no lótus” budista que serve de base para o treinamento bodhicita.
8. A meditação coletiva é incentivada para gerar energias, mas a prática individual é importante como reforço e para apurar a técnica.
9. Os efeitos finais são leveza, alegria, concentração, entusiasmo, positividade, segurança, criatividade, discernimento, inteligência, perspicácia, empreendimento e vibração alta e refinada.
10. O símbolo desta conquista na espiritualidade hindu é o cisne, Hansa, o veículo de Brahma que flutua sobre as águas das ilusões. Ocultamente corresponde a uma forma de levitação interior, similar a quando Jesus caminhou sobre as águas.
11. No Tibet temos o símbolo de Cintamani, o cavalo sagrado portador da jóia da Mente iluminada. E no esoterismo teosófico de raiz tântrica das Estâncias e Dzyan, podemos também interpretar o Agnishwatta (“Anjo solar”) como um Sacerdote solar ou um Instrutor abalizado, e o Manasaputra (“dotado de Mente superior”) como um Discípulo Aceite praticante da Senda.
12. Como vimos mais acima, os Grandes Guias suscitaram esta prática na transição planetária do atual Manvantara lá no final da Lemúria, e este fato diz muito pois dos potenciais criativos e transformadores da técnica. Atualmente achamo-nos numa situação exatamente simétrica na preparação da transição para um Pralaya.
13. No Caminho da Luz somos ensinados que o serviço está na base da evolução espiritual e abre todas as portas. Isto é válido desde o noviço até o mais exaltado Buda cósmico.
14. Há muitos propósitos em vista atualmente em prol do treinamento desta Iniciação, como a chegada de grandes ciclos fundados na energia Mental (“Terceiro Sistema Solar”, etc.), porém em termos muito práticos temos também a importância da preparação para a própria iluminação (=liberação da reencarnação) num contexto em que o planeta começa a entrar em Mahapralaya, e a auto-capacitação para auxiliar a Hierarquia nos esforços de criação de uma Nova Civilização.
15. O Vajrayana afirma que a Senda Rápida ou a Senda (Yana) do Raio (Vajra) requer a instrução do lama ou guru para acelerar os trabalhos. A técnica em questão requer dedicação e treinamento concentrado, daí a importância de uma preparação inicial em ashrams, com dieta refinada e disciplina regular.
16. Aquele que já possuir um treinamento prévio e sólido de yoga ou meditação, também poderá encontrar um caminho aplainado para as libertadoras práticas solares.
17. “Buscai a Verdade e a Verdade vos libertará”. A Iniciação Solar representa a verdadeira técnica que serve de base para a grande Iniciação na Nova Era que é a própria Iluminação plena. Algumas escolas preparatórias da Índia inclusive a chamam de Raja Yoga (há outras técnicas com este nome), termo que significa “Caminho Real” e também Verdadeiro.
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