A Teosofia em geral tem uma forte influência nos novos ensinamentos, especialmente em suas vertentes históricas centralizadas em Helena P. Blavatsky e sua sucessora espiritual Alice A. Bailey. Porém, dentro das revelações do Plano da Hierarquia, procura-se hoje dar uma cor mais “científica” ao tema, tratando basicamente de retirar os véus remanescentes, além de apurar sínteses e agregar idéias complementares, como seria a questão social e a própria espiritualidade e iniciação. Esta é a origem da “Teosofia Científica”, uma doutrina promissora que trabalha basicamente com a Ciência dos Ciclos. Uma Teosofia Científica reuniria -nada mais e nada menos- que os dois pólos extremos do conhecimento (espiritualidade e ciência), preenchendo daí todo o leque do humano saber.

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As Dinâmicas dos Cinco Fogos

 

Os Elementos são níveis de energias, com várias associações possíveis. Como diz Alice A. Bailey a iniciação é um processo artificial de incrementar a própria evolução por meios técnicos. O aspirante se exercita com esforço reiteradas vezes para alcançar certa vibração, até que aquela frequência se estabilize naturalmente na aura do praticante. O presente estudo segue pois na linha do nosso artigo "Fohat e a dinamização espiritual".

Existe uma evolução natural em relação aos próprios elementos que faz deles bases para as próprias iniciações espirituais. O tema corresponde na verdade aos Fogos cósmicos de que trataram Blavatsky e Bailey em suas grandes obras, ou seja: os fogos Fricativo, Solar, Elétrico e Plásmico.  Não é difícil intuir a relação destes Quatro Fogos pois com os Quatro Elementos simbólicos sutis ou como expressões físicas de energias, como trataremos então de demonstrar na sequência.

Para buscar explicar e também ilustrar estas questões, tomaremos algumas imagens existentes em nossa obra “A Cura Espiritual”, onde retratam as energias do divino tetragrammaton IHVH, uma vez que elas correspondem também à destes mesmos Quatro Elementos espirituais. E é importante compreender que não estamos tratando apenas de processos “naturais” mas sobretudo espirituais que cada ser humano pode realizar pelo bem da evolução do seu próprio ser. 

Como um “adendo” especial incluiremos aqui uma nota também sobre o Quinto Elemento e o estágio atual das investigações da Ciência sobre este fator nos planos materiais, servindo como símbolo e fator de transposição para os planos propriamente etéricos nos mundos espirituais. Podemos nomear então estas cinco energias através dos seguintes termos orientais e ocidentais: 

1. Prana .......... partícula 

2. Shakty .......... onda 

3. Fohat ........... raio 

4. Agni ............. campo

5. Akasha ......... síntese

Podemos dizer portanto que as duas primeiras forças correspondem aos dois atributos conhecidos da luz nas formas de partícula (ou quantum) e de onda (ou fóton). Neste caso a luz possuiria outras formas de manifestação e que estas duas representam apenas os limites das capacidades perceptivas do observar médio no atual Sistema Solar de evolução. Indivíduos mental ou espiritualmente mais capacitados também poderiam perceber a luz como raio e como plasma respectivamente. 

Os elementos representariam portanto em última análise não outra coisa do que as transformações das fases ou dos estados da luz mesma.  O universo existe basicamente em três dimensões, a quarta dimensão induz as formas para um estado de entropia, por assim dizer, ou antes de fusão dos seus próprios componentes como ocorre no caso dos buracos negros no espaço cósmico. O colapso da forma acontece quando prevalece a energia quadridimensional (que a nosso ver está diretamente relacionada à força gravitacional), porém isto é diferente de uma morte, extinção, dissolução ou desagregação simples, porque o colapso da forma preserva todo um potencial criador ou transformador próprio ou interno contido nas informações preservadas em outras dimensões. De certa forma é a diferença entre a antítese e a síntese das coisas.

Neste sentido os cientistas tampouco sabem dizer se o universo apresenta uma forma plana, esférica ou poligonal, sendo que todas estas possibilidades são plausíveis em função das aparências e do comportamento do cosmos. Cabe admitir então que com isto estamos falando uma vez mais sobre uma, duas e três dimensões, respectivamente, de modo que a própria capacidade do observador poderá ser novamente determinante neste caso, mais que uma simples questão de consensuar sobre um ou outro padrão. Inclusive uma quarta possibilidade também deverá ser levada em conta que é a organização toroidal da energia (o toróide é como se fosse uma espiral de quatro dimensões), que é ademais a forma da tecnologia empregada pela Ciência para construir as suas usinas de plasma com base na fusão nuclear, como no caso do famoso “Sol artificial” dos chineses capaz de produzir energia quase ilimitada.

a. O Elemento Terra e o Fogo Fricativo

É natural que a ideia da fricção faça uma alusão imediata ao mundo material, onde as coisas costumam acontecer através do contato físico. No entanto, o princípio energético vinculado a isto é o Prana, que é uma partícula de energia suficientemente densa para ser capaz de ser vista a olho nu. Neste caso, a ideia da fricção acontece pela simples aproximação e fusão destas partículas entre si. Em analogia com os macroprocessos esta etapa se assemelha ao ajuntamento de poeira cósmica em algum rincão do espaço para dar origem aos movimentos cósmicos.

Prana: acumulação de energias

Como ilustra a imagem acima, o grande propósito deste Elemento é aquele de agregar energias em si, determinando assim a criação da primeira dimensão da energia interior. Contudo não se trata aqui de apenas acumular energias mas também de refiná-las já, uma vez que somente o acúmulo faz pouco sentido e ainda aumenta as dificuldades de suportar de forma saudável a energia. Por isto práticas saudáveis e elevadas são necessárias dentro de um ambiente também refinado e inspirador como uma vida de ashram. 

Tal coisa é buscada então mediante os cuidados da saúde, os exercícios físicos, o apuro da Ética pessoal (Yama e Nyama), o Karma Yoga (serviço impessoal) e o Hatha Yoga (posturas fisicas). A analogia com a Força Gravitacional aqui é natural pois é aquilo que nos ata ao solo, simbolizando também o sentido de realidade, a humildade e o discernimento.

Dentro das Três Hipóstases espirituais o recurso mais importante deste grau será o Som na forma da oração e do decreto. Está regido pelo ritmo Mutável ou Guna Tamas relacionado ao Passado, de modo que a sua função é de purificar as coisas. Corresponde pois basicamente à iniciação do Noviço e por extensão ao alinhamento da Personalidade, tal como desenvolvido coletivamente pela Raça Lemuriana. 

b. O Elemento Água e o Fogo Solar

O Elemento Água se caracteriza pela fluidez e o movimento, nascido depois que a acumulação de prana se satura. Com isto existe pois um duplo movimento natural que é a um só tempo circular e também ascensional –ainda que este último também dependa muito dos já citados esforços de refinamento, coisa que no espaço cósmico se relaciona basicamente à espiral das galáxias, assim como à própria forma circular dos planetas e das estrelas, análogo à esfericidade dos chakras no plano do microcosmo.  Por “Fogo Solar” este Elemento se refere na realidade ao magnetismo universal, a força atrativa que imanta os corpos e os aproxima entre si.

Shakty, o Magnetismo: movimento espiral 

A imagem acima demonstra pois o movimento espiral gerado pelo acúmulo de partículas, produzindo uma nova camada de concentração de energias, juntamente à produção de campos mais sutis da radiação, configurando assim uma realidade com duas dimensões de energias. Na esfera da espiritualidade existe nesta fase a tendência ao matrimônio sagrado, quando o ashram passa a ser incorporado no interior do aspirante pelo amadurecimento do Eu Superior. 

De todo modo seguem importantes práticas como o Bakty Yoga (serviço devocional), a abstração dos sentidos (Pratyahara) e o refinamento dos valores pessoais. A analogia com a Força Eletromagnética aqui é direta pois nos leva a tecer relacionamentos legítimos com o nosso entorno, simbolizando também os sentidos de lealdade, solidariedade e fraternidade.

Dentro das Três Hipóstases espirituais o recurso mais importante deste grau será o Amor nas formas dadas e outras. Está regido pelo ritmo Fixo ou Guna Satwa relacionado ao Presente, de modo que a sua função é de conscientizar as coisas. Corresponde pois basicamente à iniciação do Discípulo e por extensão ao alinhamento da Alma, tal como desenvolvido coletivamente pela Raça Atlante.

c. O Elemento Fogo e o Fogo Elétrico

Nesta fase chegamos aos Elementos superiores que possuem uma radiação ativa. Depois que a energia está suficientemente concentrada ela começa naturalmente a irradiar, a partir de uma espécie de fusão nuclear. Nos planetas esta energia segue contida nos núcleos, enquanto que nas estrelas ela chega então tomar conta de tudo e a irradiar para fora da circunferência do globo. É o raio que é liberado das densas nuvens ionizadas fortemente carregadas de magnetismo. 

A imagem abaixo demonstra pois o poder radiante da energia neste campo, ainda que tal coisa não deva ser confundida com uma verdadeira iluminação. Nos Evangelhos tem-se o episódio da transfiguração de Jesus no Monte Tabor, ladeado por Elias e Moisés para configurar a natureza deste grau de três dimensões.

Fohat, a Eletricidade: o campo de irradiação

As técnicas mais importantes para este grau são a concentração (Dharana) e a meditação (Dhyana), cuidando neste caso para que a última realmente integre a dimensão criadora da mente. A analogia com a Força Nuclear Forte é evidente aqui, pois de trata da mais poderosa das quatro promovendo a união das partículas dando origem aos núcleos atômicos. O quadro evoca pois as colocações das Estâncias de Dzyan onde Fohat tem o papel de “endurecer os átomos”, o que deve ser entendido porém espiritualmente no sentido da coesão espiritual, criação de um campo áurico robusto e de aceleração das nossas vibrações.

Dentro das Três Hipóstases espirituais o recurso mais importante deste grau será a Luz na forma da imaginação e da sensibilização à vibração elevada. Está regido pelo ritmo Cardinal ou Guna Rajas relacionado ao Futuro, de modo que a sua função é de criar as coisas. Corresponde pois basicamente ao grau do verdadeiro Iniciado ou à Iniciação Solar, e por extensão ao alinhamento do Espírito, tal como desenvolvido coletivamente pela Raça Árya.

d. O Elemento Ar e o Fogo Plásmico

Chegamos por fim à grande novidade do esoterismo atual, quase estranha à Raça Árya cujo desenvolvimento achava-se no geral ainda no plano das três dimensões da energia segundo vimos. Bailey começa porém a conferir indicações de mudanças, denominando tal energia de “quadridimensional” –uma vez que comporta efetivamente quatro dimensões- e concluindo que o corpo causal (ou de transformações) atual já está situado no plano búdico ou quaternário.

A imagem abaixo busca retratar uma situação na qual a energia circula livremente para além da forma de maneira rotacional e difusa perdendo assim as suas formas definidas para manifestar um verdadeiro campo luminescente. 

Agni, o Plasma: a força onipresente

O plasma é uma energia em crescente domínio no seio da humanidade, como se observa no seu emprego pelas modernas tecnologias visuais, prometendo se tornar a baseada da energia do futuro, haja vistas as usinas de energia com base na fusão nuclear ora em desenvolvimento, capazes de empregar até mesmo água como combustível. Quanto às técnicas empregadas neste grau, as alusões são relativamente vagas na forma de Samadhi (iluminação) ou “identificação”. 

De certa forma tal coisa é alcançada através do aperfeiçoamento da própria meditação, e no entanto também existem recursos positivos que não apenas dão acesso à iluminação como ainda a reforçam através de novos e sucessivos graus de identificação. A analogia com a Força Nuclear Fraca também é notória aqui, por se tratar da força responsável pelo decaimento das partículas, fazendo com que umas se transformem em outras, denotando assim um contínuo e volátil campo de transformações.

Neste grau as Três Hipóstases espirituais –Som, Luz e Amor- fundem-se perfeitamente também, valorizando-se porém a sua expressão interna ocultista. Está regido pelo não-ritmo ou Nirguna relacionado à Eternidade, de modo que a sua função é de transcender as coisas. Corresponde pois basicamente ao grau do verdadeiro Iluminado, e por extensão ao alinhamento do Logos, uma realidade a ser todavia desenvolvida coletivamente ainda pela nova Raça Ayam da Américas. 

e. O Elemento Éter e o Akasha

Nos estágios “positivos” 1 e 3 a energia atua mais como partículas, e nos estágios “negativos” 2 e 4 a energia funciona mais na forma de campos (ondas). Certamente no quinto estágio da energia tudo isto já se funde perfeitamente, forjando -por analogias- a maravilhosa geometria cósmica que está na base da mente iluminada dos Grandes Adeptos.

A ideia do Quinto Elemento ou da Quintessência sempre coroou as cosmologias humanas como uma realidade de unidade e de transcendência. Embora a questão supere o plano evolutivo básico da evolução humana, ela também costuma ser associada à ideia do Homem Perfeito. O conceito tange não obstante às Hierarquias e corresponde a mitos solares e também polares. São os grandes Adeptos de Sabedoria e os Alquimistas realmente senhores de todos os dotes da Grande Obra, como no caso da Pedra Filosofal. 

No Esoterismo ocidental geralmente esta energia é classificada como Éter. No Hinduísmo ela é denominada Akasha, o que pode ser relacionado à ideia de que os Adeptos possuem um acesso direto aos chamados Registros Akáshicos uma vez que a iniciação destes Mestres se expressa na forma de uma perfeita clarividência superior. Ao mesmo tempo o Akasha é considerado ali como um sinônimo do “Espaço”, o que pode levar a várias considerações tangendo as especulações da Ciência Moderna, comumente orbitando de algum modo em torno da afirmação de Blavatsky quanto a ser o Espaço a melhor expressão do Deus manifestado.

De uma forma mais geral a misteriosa Matéria Escura tem sido chamada de uma Quintessência. Esta Matéria Escura seria uma das grandes responsáveis pela estrutura do Universo, o problema porém é que tal matéria jamais foi detectada na prática com suficiente grau de segurança.

A par disto também existe o chamado “Condensado de Bose-Einstein” (abreviado como BEC em inglês), considerado como o Quinto Estado da matéria. Trata-se pois de uma das condições da matéria previstas por Einstein a partir dos estudos realizados nos Anos 20 pelo físico indiano Satyendra Nath Bose, quem também deu nome às partículas denominadas bósons que possuem spin inteiro e núcleos atômicos estáveis que, no começo do século XX, motivaram o surgimento da Mecânica Quântica, regida não mais pelas leis rígidas da Mecânica Clássica, mas antes pelo Princípio da Incerteza de Heisenberg, determinando uma transformação epistemológica fundamental para a ciência do século XX.

Contudo tal como os outros estados da matéria (sólido, líquido, gasoso e ígneo ou plasma) também sofrem interferências da temperatura, o BEC também apenas pode ser alcançado em temperaturas baixíssimas, mais exatamente próximo ao chamado Zero Absoluto, que acontece na temperatura negativa de -273,15º C. Neste estágio os átomos de certos elementos adquirem características únicas ou comuns, ao fundirem-se ou condensarem-se dando origem a uma espécie de superátomo único macroscópico, onde todos os átomos apresentam propriedades idênticas, permitido observar as suas propriedades quânticas. 

Akasha: a energia integrativa

Ademais se trata este de um condensado muito volátil dentro da atmosfera do planeta, razão pela qual as principais experiências têm sido realizadas em resfriadores levados para a Estação Espacial Internacional. Porque não comparar esta volatilidade com o raro mistério da Pedra Filosofal, que igualmente apenas pode existir sob condições muito especiais -esta Pedra dos Filósofos que também corresponde exatamente afinal a uma ideia de Quintessência das coisas? Afirmar que o BEC possibilita “observar efeitos quânticos no mundo macroscópico”, significa também dizer que uma energia pode se transformar e manifestar sob dadas condições.

Poderia ser importante considerar aqui que a própria temperatura do espaço cósmico é de -270º C, muito próximo portanto ao Zero Absoluto. O processo de resfriamento é feito por meio de seis feixes de laser que apontam nas três direções do espaço -e tudo isto é muito evocativo das estruturas simbólicas do Todo. Mesmo assim o estado de Quinto Elemento apenas tem sido podido manter por poucos segundos. Podemos dizer simbolicamente que o BEC é controlado pelo pensamento harmonizado ou centralizado na luz (pensamento é uma energia simbolicamente fria também), de início instável mas capaz de pouco a pouco sedimentar um novo campo vibratório no indivíduo.

Todos os Planetas transaturninos possuem atmosferas abaixo de -200º C, porém o espaço cósmico ainda seria o melhor ambiente para conhecer esta condição tão especial da matéria. Pode ser importante lembrar que o Universo –o qual apresenta temperaturas uniformes- ainda estaria esfriando após o seu Big-bang quente das origens. Que poderá ocorrer então quando todo o Universo alcançar o seu Zero Absoluto? Acaso o Universo ad-quirirá espontaneamente então características quânticas dominan-tes, capazes de afetar as outras leis existentes?!

Naturalmente tais coisas permitem tecer especulações e analogias interessantes sobre as propriedades quânticas do espaço. Quem sabe em algum momento se descubra conexões entre este Quinto Estado com a Matéria Escura e assim tudo comece a fazer um novo sentido. Ambos já têm em comum as dificuldades de detecção e de aferição. Quem sabe temperatura e magnetismo também atuem sobre a gravidade tanto quanto a massa dos cor-pos celestes.

Além disto, de alguma forma a descrição do BEC deve ser capaz de sugerir sobre os processos de transições entre o Plasma e o Éter, permitindo que a iluminação quaternária doadora de sensibilidade profunda e de grande energia espiritual, passe a dar lugar na sequência a uma consciência especial altamente inteligente, intuitiva, unificadora e perceptiva de quintessência.

O poder da iluminação espiritual representa um reescalonamento da velocidade da energia da pessoa, porém o grau de Revelação (nome da Quinta Iniciação em Alice A. Bailey) traz algo mais. Parece que, a depender da própria velocidade dada, as coisas podem não apenas se fundir com também intercambiar as suas propriedades. Tal condição afeta pois diretamente as dinâmicas das redes neuronais, onde as sinapses se tornam simultâneas e as informações seriam alcançadas de uma forma imediata.

Ensina-nos enfim o BEC que, para ter acesso a tais fusões quânticas espontâneas, é preciso uma completa abstração das coisas constituídas nas dimensões densas relacionadas a atmosferas planetárias. Trata-se assim de uma espécie de regresso a uma consciência original, unificada e pré-criada, verdadeiro exercício de consciência cósmica portanto, capaz de transcender até mesmo as próprias formas cósmicas para se fundir em algo Além e anterior aos mecanismos de criação das coisas. Algo enfim tão refinado enfim cujos análogos físicos a Ciência mesma encontra grande dificuldade de aferir e de detectar, senão por seus efeitos secundários. Mas não é assim também que muitas vezes se descreve a ação de Deus no mundo, como uma Causa-sem-causas, capaz de ainda assim acionar leis e princípios em todos os planos e esferas, enquanto permanece íntegro no seu próprio mundo Incriado?

A própria ideia da Indeterminação que fundamenta as leis quânticas já soa às coisas divinas onde reinam a liberdade, expressa aqui no dualismo quanto onda-partícula capaz de traduzir todo o mistério do livre-arbítrio que traduz a essência mesma da condição humana no universo, capaz em última análise de jogar entre as esferas puras da consciência ou nos planos densos da matéria.

Tudo indica enfim que os últimos mistérios da Ciência encontram-se mesmo nesta entidade denominada “Espaço” -ou Akasha.


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