A Teosofia em geral tem uma forte influência nos novos ensinamentos, especialmente em suas vertentes históricas centralizadas em Helena P. Blavatsky e sua sucessora espiritual Alice A. Bailey. Porém, dentro das revelações do Plano da Hierarquia, procura-se hoje dar uma cor mais “científica” ao tema, tratando basicamente de retirar os véus remanescentes, além de apurar sínteses e agregar idéias complementares, como seria a questão social e a própria espiritualidade e iniciação. Esta é a origem da “Teosofia Científica”, uma doutrina promissora que trabalha basicamente com a Ciência dos Ciclos. Uma Teosofia Científica reuniria -nada mais e nada menos- que os dois pólos extremos do conhecimento (espiritualidade e ciência), preenchendo daí todo o leque do humano saber.

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HPB e LAWS: Gêmeos Espirituais

Ao procurar um nome para uma nova missão na segunda metade do Século XX (conforme anunciado por Blavatsky mesma -ver adiante), os Mestres buscavam alguém que fosse suficientemente próximo ao melhor de HPB e ao mesmo tempo suficientemente distante do seu pior. Blavatsky seguia pois como a sua melhor referência, apesar dos tantos problemas havidos com ela e das tantas conquistas alcançadas com outros porta-vozes. É que havia aspectos especiais na personalidade desta iniciada.

Após organizar uma obra monumental que somente encontra paralelo no trabalho de Helena P. Blavatsky e em boa parte nela inspirado, trazendo as Chaves da Sabedoria Tradicional e da própria transição planetária, Luís A. W. Salvi se voltou para realizar uma espécie de revisão da “Doutrina Secreta” daquela Autora (ver a Série “A Doutrina Secreta Revelada”), enquanto que os seus amplos conhecimentos de astrologia e de cosmologia permitiram lançar um olhar mais fidedigno e atualizado sobre as Estâncias de Dzyan (ver “Chaves Secretas dos Livros de Dzyan”) que estão na raiz do principal trabalho de HPB.

Os paralelos entre as obras e as vidas de Helena P. Blavatsky e Luís A. W. Salvi vão contudo muito além dos aspectos formais. É importante ressaltar que ambos os autores são espíritos altamente afins, tratando-se na verdade de verdadeiros gêmeos espirituais. Não apenas os seus horóscopos exaltam os mesmos signos principais regidos pelo Sol e pela Lua -e que são também arquétipos centrais ou avatáricos de Nova Era e de Nova Raça (de acordo com as premissas tradicionais de equilíbrio de opostos estudadas por Ema de Mascheville)-, como também suas biografias encontram muitos pontos em comum, tal como segue:

1. Nascidos em famílias aristocráticas ou de classe média alta;

2. Nasceram em grandes países cristãos católicos, sendo um ortodoxo e o outro romano;

3. Nasceram sob os mesmos signos Solar e de Ascendente relacionados às profecias;

4. Nascidos com graves desafios de saúde exigindo precoces auto-superacões;

5. Intenso relacionamento com os mundos interiores, presenciando fenômenos espirituais desde a infância;   

6. Influência espiritual e intelectual poderosa dos avós na formação da jovem personalidade do/a neto/a;

7. Encontraram os seus Mestres e despertaram a sua vocação espiritual em torno dos vinte anos de idade;

8. Sujeitaram-se a um casamento precoce pressionados pela famílias buscando tolher os seus espíritos rebeldes;

9. Foram grandes viajantes interessados no ecumenismo e na cultura universal;

10. Foram espíritos autodidatas, ao mesmo tempo em que nutriram profundo respeito à Tradição Sapiencial da humanidade e seus Mestres;

11. Preocuparam-se vividamente com a sorte dos seus semelhantes fazendo disto um alicerce para as suas vocações; 

12. Suportaram crises pessoais e outros graves problemas de saúde também no decurso da existência; 

13. Foram renunciantes e viveram por três anos ou mais em ashrams ou gompas para apurar a sua formação espiritual; 

14. Colocaram-se inteiramente a serviço das Hierarquias para servir na linha-de-frente da transição planetária.

15. Foram autores prolíficos de dezenas de obras densas e inspiradas destinadas a orientar sobre as Tradições espirituais e o futuro planetário.

Naturalmente muitos destes traços também estão presentes nas biografias de outros tantos grandes buscadores do Espírito, em termos de precocidade, dedicação, desprendimento e determinação. A ideia de alguém ser escolhido pela Espiritualidade para transmitir um conhecimento é muito antiga, sendo a base de todas as religiões e um sem número de cultos. Não obstante existe uma gradação de missões neste quadro, as quais também estão diretamente relacionadas com a preparação que o próprio mensageiro realiza com esta finalidade. Neste sentido LAWS realizou um percurso iniciático perfeitamente regular -e em todos os sentidos do termo-, começando muito cedo a frequentar ashrams espirituais, e atravessando depois sucessivas iniciações, baseadas especialmente em técnicas iogues. Comparativamente HPB frequentou sobretudo sociedades de teor espírita e ritualística ao longo da sua vida.

Seria até muito fácil pretender à primeira vista com isto que LAWS seja uma “reencarnação” de HPB, como de fato muitos tenderiam a fazê-lo (considerando inclusive que várias pessoas bem menos qualificadas tem pretendido tal condição), não fosse por algumas questões específicas relativas à natureza e à própria missão de cada qual. Neste caso seria mais adequado falar em termos estritamente espirituais de analogias e de arquétipos, daí o termo “gêmeos espirituais” escolhido, como uma espécie de hierogamia portanto. O principal elo pessoal que se poderia tecer neste caso estaria no próprio anúncio de Blavatsky quanto à vinda de um sucessor seu “melhor qualificado” em termos espirituais dentro de um século aproximadamente, para dar prosseguimento às revelações da Doutrina Secreta. Citemos:

“No (final do) século XX um discípulo melhor informado, e com qualidades mui superiores, deverá ser enviado pelos Mestres de Sabedoria, para dar as provas finais e irrefutáveis de que existe uma Ciência Secreta chamada Gupta-Vidya, fonte de todas as religiões e filosofias.” (Helena P. Blavatsky, “A Doutrina Secreta”, Vol. I, Introdução)

É mais do que notório afinal que as simetrias observadas em todo este quadro são perfeitamente autênticas, naturais e espontâneas, de modo que não existe qualquer intenção de tentar forçar a situação para se criar falsas semelhanças, obedecendo antes a certos arquétipos espirituais tradicionais, nutridos pelas urgências e pelas potencialidades desta transição planetária, e corroborados acima de tudo pelo próprio teor dos frutos do trabalho de ambos os servidores.


Luís A. W. Salvi (LAWS) é estudioso da Teosofia e dos Mistérios Antigos há mais de 40 anos. Especialista nas Filosofias do Tempo tradicionais, publicou a Revista Órion de Ciência Astrológica pela FEEU e dezenas de obras pelo Editorial Agartha. Na última década vem redirecionando os seus conhecimentos para a Teosofia, realizando uma exegese ampla da Doutrina Secreta e também das Estâncias de Dzyan.


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