por Luís A. W. Salvi
Para alicerçar e alavancar o seu próprio trabalho e servir como canal para a Hierarquia de Luz, Alice A. Bailey esquadrinhou profundamente a obra de Helena P. Blavatsky. Aqui temos um agrupamento de dados sobre a natureza das “Chaves da Doutrina Secreta” e a sua progressiva revelação. Na sequencia, oferecemos algumas conclusões e comentários pertinentes.
Segundo “H. P. Blavatsky. (Ver D S II, 33, IV, 192) *
1. Cada símbolo e alegoria têm sete chaves. D. S. IV, 105-106: V, 22-23.
2. Apenas três chaves estavam disponíveis no século XIX. D. S IV, 84 (cf. IV, 150, 350), "as últimas quatro das sete que se abrem de par em par os portais dos mistérios da natureza estão nas mãos dos mais alto Iniciados, e não serão liberadas para as massas pelo menos neste século. "(HBP)
3. Há sete chaves para abrir a porta para a entrada Mistérios. D. S. V, 167. Comparar II, 37, III, 305, III, 195-196, 250-251.
4. As chaves que sugere H. P B. são as seguintes:**
a. Psicológica. D. S. III, chamado, 1, 72.
b. Astronômica. D. S. III, 38, chamado, 1, 72 e 183.
c. Física e fisiológica. D. S. II, 38, chamada, V, 183.
d. Metafísica. D. S. II, 38, chamada, III, 362.
e. Antropológica. D. S. II, 72, V, 183.
f. Astrológico. D. S. III, 317.
g. Geométrica. D. S. IV, 40, V, 165.
h. Mística. D. S. II, 82.
i. Simbólico. D. S. IV, 100.
j. Numérica. D. S. III, 189.
5. Ele deve girar cada chave sete vezes. D. S. I, 62.
6. Os judeus fizeram uso de duas chaves.
7. A chave metafísica está disponível. D. S. II, 29. Compare V. 183.
"As sete chaves abrem os mistérios do passado e do presente, das sete raças raiz e dos sete kalpas." Cada livro sobre ocultismo, símbolos e alegorias pode ter sete interpretações. Existem três fechaduras que devem ser abertas. Existem sete chaves. Qualquer livro pode ser lido no plano esotérico, subjetiva e espiritual. Ainda não estão disponíveis todas as chaves (DS II, 22, 33). Nós temos a chave fisiológica, a psicológica, a astrológica e a metafísica. A quinta é a geométrica.”
Comentários
Esta relação explora variantes do setenário citado, de modo que poderíamos agrupar algumas matérias afins de modo a retornarmos ao dito:
a. Geometria/Numerologia,
b. Astronomia/Astrologia
c. Misticismo/Metafísica.
Abaixo,
trazemos uma reformulação do tema, aproveitando as similaridades das Chaves:
Segundo as
citações da própria “Doutrina Secreta”, na ocasião da sua publicação, esta
seria a situação em vista: “Apenas três chaves estavam disponíveis no século
XIX.” “Nós temos a chave fisiológica, a psicológica, a astrológica e a
metafísica”. A Chave Psicológica Alice A. Bailey (também) pretendeu haver
transmitido.
Faltaria todavia a chave “Antropológica”, a chave “Geométrica/Numerológica” e a chave “Simbólica” –apesar de tudo o que se teria oferecido ou antecipado já nesta direção! Sendo estas Chaves seguramente de significado maior. A chave Geométrica/Numerológica a ser revelada na sequência, por exemplo, é uma Chave Maior porque trata das Estruturas originais do universo, como diria Platão e Pitágoras. A “Chave Antropológica”, pode se aproximar de uma Chave Sociológica também capital e bem pouco tratada pelos místicos em geral. E a também grande “Chave Simbólica”, se destina a afastar os “últimos Véus de Ísis” que todavia encobrem a revelação dos Mistérios Eternos.
A realidade é que cada Chave incide sobre todas as restantes Chaves. Por isto se diz que “cada Chave deve ser girada sete vezes” (D. S. I, 62). É por esta razão que, mesmo aquelas Chaves supostamente já dadas no passado, ainda não estavam completamente reveladas. E nisto, elas também revelavam um pouco de cada coisa futura. Pois vale aqui o exato princípio dos ciclos, que significa uma evolução simultânea do todo e da parte; algumas visões das raças-raízes, por exemplo, incidem diretamente sobre esta idéia, na medida em que “uma raça é semeada a partir da sub-raça análoga da raça anterior”.
Assim, apesar de exuberante, influente e “popular”, a Teosofia do século XIX detinha menos da metade das chaves da Doutrina Secreta em geral, de modo que encontrava-se ainda sob uma espessa camada de véus, como demonstra a distância todavia havida de uma verdadeira “Síntese da Ciência, Religião e Filosofia” pretendida por Helena P. Blavatsky para a sua “Doutrina Secreta”…
A Teosofia tem sido um ensinamento em construção e os seus Mestres ou Mentores não pararam de trabalhar sequer quando a Sociedade Teosófica entrou em crise, antes seguindo as suas transmissões através de outros canais que tinham suas raízes espirituais e intelectuais nestes Ensinamentos, porém não-comprometidos com a situação da entidade.
Ou, como disse a própria H.P.B.: «No século XX um discípulo mais evoluído e mais autorizado será enviado pelos Mestres de Sabedoria, para dar as provas finais e irrefutáveis de que existe uma Ciência Secreta chamada Gupta-Vidya, fonte de todas as religiões e filosofias». (Introdução de “A Doutrina Secreta”
Importa compreender isto, pois, para evitar dogmas incabíveis e porquanto realmente “não existe religião superior à Verdade”. Por isto…
"Que ninguém pense em estabelecer um papado em lugar de Teosofia, pois isso seria suicídio e terminaria tragicamente. Todos somos colegas estudantes, mais ou menos avançado, mas ninguém que pertence à Sociedade Teosófica deveria contar-se a si mesmo como mais que o melhor de um aluno-professor e não tem o direito de dogmatizar.” (H.P.Blavatsky)
Ademais, quando a Sociedade Teosófica afirma que as exposições de seus membros não são “temas oficiais” e que nenhuma religião é superior à verdade, sentimo-nos à vontade para considerar os seus postulados como meras balizas, mas especialmente os seus Três Princípios norteadores que devem -estes sim- ser criteriosamente observados.
Pois mais que uma escola ou uma igreja, a Teosofia é acima de tudo um estilo de fazer cultura. E quem penetra o seu espírito, sabe que a forma deve avançar e evoluir, mas sempre na direção da citada “Síntese da Ciência, Religião e Filosofia”.
* Cf. Alice A. Bailey, em "Tratado sobre Fogo Cósmico", Notas 45 e 46
Faltaria todavia a chave “Antropológica”, a chave “Geométrica/Numerológica” e a chave “Simbólica” –apesar de tudo o que se teria oferecido ou antecipado já nesta direção! Sendo estas Chaves seguramente de significado maior. A chave Geométrica/Numerológica a ser revelada na sequência, por exemplo, é uma Chave Maior porque trata das Estruturas originais do universo, como diria Platão e Pitágoras. A “Chave Antropológica”, pode se aproximar de uma Chave Sociológica também capital e bem pouco tratada pelos místicos em geral. E a também grande “Chave Simbólica”, se destina a afastar os “últimos Véus de Ísis” que todavia encobrem a revelação dos Mistérios Eternos.
A realidade é que cada Chave incide sobre todas as restantes Chaves. Por isto se diz que “cada Chave deve ser girada sete vezes” (D. S. I, 62). É por esta razão que, mesmo aquelas Chaves supostamente já dadas no passado, ainda não estavam completamente reveladas. E nisto, elas também revelavam um pouco de cada coisa futura. Pois vale aqui o exato princípio dos ciclos, que significa uma evolução simultânea do todo e da parte; algumas visões das raças-raízes, por exemplo, incidem diretamente sobre esta idéia, na medida em que “uma raça é semeada a partir da sub-raça análoga da raça anterior”.
Assim, apesar de exuberante, influente e “popular”, a Teosofia do século XIX detinha menos da metade das chaves da Doutrina Secreta em geral, de modo que encontrava-se ainda sob uma espessa camada de véus, como demonstra a distância todavia havida de uma verdadeira “Síntese da Ciência, Religião e Filosofia” pretendida por Helena P. Blavatsky para a sua “Doutrina Secreta”…
A Teosofia tem sido um ensinamento em construção e os seus Mestres ou Mentores não pararam de trabalhar sequer quando a Sociedade Teosófica entrou em crise, antes seguindo as suas transmissões através de outros canais que tinham suas raízes espirituais e intelectuais nestes Ensinamentos, porém não-comprometidos com a situação da entidade.
Ou, como disse a própria H.P.B.: «No século XX um discípulo mais evoluído e mais autorizado será enviado pelos Mestres de Sabedoria, para dar as provas finais e irrefutáveis de que existe uma Ciência Secreta chamada Gupta-Vidya, fonte de todas as religiões e filosofias». (Introdução de “A Doutrina Secreta”
Importa compreender isto, pois, para evitar dogmas incabíveis e porquanto realmente “não existe religião superior à Verdade”. Por isto…
"Que ninguém pense em estabelecer um papado em lugar de Teosofia, pois isso seria suicídio e terminaria tragicamente. Todos somos colegas estudantes, mais ou menos avançado, mas ninguém que pertence à Sociedade Teosófica deveria contar-se a si mesmo como mais que o melhor de um aluno-professor e não tem o direito de dogmatizar.” (H.P.Blavatsky)
Ademais, quando a Sociedade Teosófica afirma que as exposições de seus membros não são “temas oficiais” e que nenhuma religião é superior à verdade, sentimo-nos à vontade para considerar os seus postulados como meras balizas, mas especialmente os seus Três Princípios norteadores que devem -estes sim- ser criteriosamente observados.
Pois mais que uma escola ou uma igreja, a Teosofia é acima de tudo um estilo de fazer cultura. E quem penetra o seu espírito, sabe que a forma deve avançar e evoluir, mas sempre na direção da citada “Síntese da Ciência, Religião e Filosofia”.
* Cf. Alice A. Bailey, em "Tratado sobre Fogo Cósmico", Notas 45 e 46
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