A Teosofia em geral tem uma forte influência nos novos ensinamentos, especialmente em suas vertentes históricas centralizadas em Helena P. Blavatsky e sua sucessora espiritual Alice A. Bailey. Porém, dentro das revelações do Plano da Hierarquia, procura-se hoje dar uma cor mais “científica” ao tema, tratando basicamente de retirar os véus remanescentes, além de apurar sínteses e agregar idéias complementares, como seria a questão social e a própria espiritualidade e iniciação. Esta é a origem da “Teosofia Científica”, uma doutrina promissora que trabalha basicamente com a Ciência dos Ciclos. Uma Teosofia Científica reuniria -nada mais e nada menos- que os dois pólos extremos do conhecimento (espiritualidade e ciência), preenchendo daí todo o leque do humano saber.

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Setenário ou Quaternário?

O Esquema Planetário da Terra

Ao observar os gráficos teosóficos destaca-se em primeiro lugar a forte onipresença do modelo setenário, muitas vezes contrastando com a variedade de ciclos existentes em outras culturas. Haveria razões para isto, entre elas a própria questão da espiritualidade e dos ritmos naturais do universo: “O Sete é a escala da Natureza”, reiterava Blavatsky.

Acontece porém, que nem todos as etapas das evoluções estão em níveis físicos, de sorte que parte da sexta raça e toda a sétima serão nirvânicas. O mesmo vale para rondas, cadeias, globos, Esquemas planetários e sistemas solares. Pois acontece justamente que o final dos ciclos é nirvânico e a fase central uma transição. O próprio Manvantara possuiria 4,32 milhões de anos justamente porque não há necessidade de 7 milhões de anos para a evolução material humana. E neste caso será que o próprio ser humano enquanto indivíduo, não teria também ele a oportunidade de receber uma sobrevida especial e para seguir a sua evolução nos planos sutis, ainda que apenas sob certas condições de auto-superação? 

A Teosofia tende a ver o quarto estágio da evolução como sendo aquele mais denso, seguida então por uma ascensão no rumo do refinamento. À luz do cânone sétuple, alguém poderia quiçá perguntar se esta ideia do quarto estágio ser o segmento mais denso, não contradiz a lógica linear setenária tradicional -muito embora condiga com a lógica dos Yugas. 

De todo modo a ideia permite transparecer que o quarto estágio representa um ponto de inflexão na evolução do “universo”. Blavatsky não chega a colocar a tríade final exatamente no Nirvana mas fica subentendido. São questões que surgem naturalmente diante das “novas” perspectivas que a Astrologia Esotérica levanta. A gravura a seguir busca retratar esta questão.

A transição Quaternária

A leitura setenária dos ciclos não estaria equivocada. Contudo não cabe associar em demasia esta estrutura apenas ao mundo material. Naturalmente existem várias modalidades de setenários, mas quando o assunto envolve espiritualidade -que deve ser o núcleo de qualquer verdadeira Cosmologia Esotérica-, então não podemos pensar num modelo assim tão linear, e sim dual contando com manifestação e absorção, samsara e nirvana como se sabe. 

De modo que invocamos também aqui a estrutura quaternária dos mandalas em geral, com um quinto princípio central em destaque como transição para esferas cada vez mais ocultas. As escolas místicas têm ignorado a natureza de transição nirvânica do quaternário, apesar de vivermos coletivamente sob vários quaternários importantes segundo a Teosofia. A forte pregação realizada em favor da reencarnação, apenas confirma a ausência de sentido escatológico e até mesmo iniciático desta linha de pensamento, uma vez que perante portais quaternários devemos encetar os esforços de iluminação sem mais tardanças.

Assim, nem todos as etapas das evoluções estão em níveis físicos, por isto as raças quinta, sexta e sétima são progressivamente nirvânicas. O mesmo vale para Rondas, Cadeias, Globos. Esquemas planetários e Sistemas solares. 

Ver também o segmento "Preparativos para a Grande Transição" de “A Doutrina Secreta Revelada

Quando alguma linha de tempo registra mais de três ciclos, podemos ter por certo de que se trata na verdade de hemi-ciclos, de modo que no máximo serão 3,5 ou 4 ciclos completos. Certos ciclos que registam mais de três evoluções na realidade já manifestam alguma forma de Pralaya ou Nirvana. A chamada Quinta Raça-Raiz nomeia na verdade uma Hierarquia de Quinto escalão e não a raça que ela rege.

Analisando o valor do Manvantara vemos que ele está dominado pelo numeral quatro, e isto não seria casual porque indica que as evoluções materiais estão realmente limitadas pelo quaternário -mais exatamente ainda pela fórmula 3,5 de Kundalini-, porque depois disto ocorre a transição para os planos sutis onde a evolução prossegue dentro de um ciclo simétrico ao anterior chamado de Pralaya -que é outra palavra que também se presta a variados usos  -adiante voltaremos a este tema.

Assim, quando um processo ultrapassa a metade da sua evolução setenária ele começa a sublimar de diferentes maneiras, material e espiritual. Por vezes existem evoluções paralelas em cursos distintos de evolução -como sucede em relação às raças e às Hierarquias-, o que pode causar alguma confusão no entendimento das coisas.

Vimos no Capítulo anterior que no centro do atual Manvantara surgiu a espécie Homo -na verdade, ocorreu na metade de todo o Mahamanvantara. O Homo Erectus representou um grande salto na evolução, aproximando-se muito já do homem moderno. Deste modo a evolução somente permitiu ao ser humano alcançar um elevado grau de consciência e de tecnologia quando ele estivesse pronto para administrar a sua própria ascensão espiritual.

Tudo isso também responde a pergunta sobre quando aconteceu a nossa verdadeira individualização ou humanização. Segundo Bailey, a raça Lemuriana recebeu estímulo mental há 21,7 milhões de anos e se individualizou há cerca de 18,5 milhões de anos. O “reino animal” teve ali as suas portas então fechadas. Tudo isto se deve naturalmente à chegada do “reino humano” ou da evolução quaternária. E na verdade isto tem sido um longo processo de aproximação. A cada novo quaternário que se completa -Sistema Solar, Esquema planetário, Globo, Ronda, etc.- avançamos um degrau neste quadro. O ápice será na Quarta Raça deste Manvantara -que começa agora no aniversário racial da Morte de Krishna. Nesta nova raça chegaremos à Quarta Iniciação como espécie, que é aquilo que nos dará um coração perfeito e a verdadeira imortalidade da consciência.

O estágio quaternário é aquele no qual somos levados a refletir seriamente sobre a relatividade das coisas, porque ali certas realidades fundamentais da existência a respeito das quais costumamos evitar refletir nos são simplesmente impostas, como é o caso da morte. O quaternário significa pois um círculo-não-se-passa para as ilusões da matéria. É certo que existem riscos do ser humano levar para o outro mundo os miasmas que ele criou neste ou de ser aprisionado no outro mundo em planos inferiores em função do seu carma acumulado. De todo modo este já seria outro departamento, que é aquele da ética ou da qualidade da sua consciência.

Quando a existência torna-se sútil, aquilo que passa a contar são também as questões mais subjetivas. É neste momento que as ilusões da materialidade são peneiradas, restando apenas a verdadeira essência da natureza humana. Talvez isto sequer seja tão diferente para os outros reinos, ainda que na espécie humana esta faculdade se radicalizou ou especializou para bem ou para mal.

LAWS, “A Doutrina Secreta Revelada”, Volume I, “Cosmosíntese”.

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