.
Pouco se sabe sobre a evolução das raças nas rondas anteriores à Terceira e à Quarta ronda atual, pois penetram na mais profunda noite dos tempos, e muitas vezes até adentram pelos mistérios insondáveis dos Pralayas do Mundo, também chamados “as Noites de Brahma”.
As raças conhecidas e mesmo aquelas ignoradas, são
todas subespécies ou divisões da espécie Homo
Sapiens, em sua expressão mais atual dentro das duas últimas rondas
completas de 26 mil anos, ou dois Dias-e-Noites de Brahma. A Ciência traz bem
esta percepção do Homo Sapiens moderno ter no máximo 50 mil
anos. O verdadeiro tema das raças não é físico mas cultural, não caiamos pois
neste equívoco. A questão da fisicalidade das raças é apenas incidental e
analógica, por uma questão de latitudes, etc. A “evolução filosófica” da
espécie humana, de que fala A. Fabre d’Olivet, também tem relação com estas
iniciações coletivas. Mas ao fim e ao cabo, estas são apenas classificações,
pois a Verdade subjaz aos fatos.
A Ciência fala do homo sapiens geral inculto (com até 500 mil anos) e do atual (a partir do seu fractal de 50 mil
anos), dotado de linguagem, arte e outras expressões culturais reconhecidas,
ainda que exista também o homo sapiens sapiens como seu recall “atualíssimo”,
com apenas 12 mil anos, ou no começo da verdadeira cultura atlante, onde a
Teosofia coloca acertadamente o advento do verdadeiro homem atual (apesar das
datações muito imprecisas).
Tudo isto nos remete, pois, a uma importante cadeia de
“fractais-de-tempo”, assim delineados:
5 milhões de anos ...... os primeiros hominídeos (Período Plioceno): a
codificação da Forma Pré-Humana (“Corpo”)
500 mil anos .............. o homo sapiens biológico (Paleolítico
Médio): a codificação da Forma Humana (“Alma”, “Consciência”)
50 mil anos ............... o homo sapiens culto (as quatro Rondas): a
codificação da Linguagem (“Espírito”)
Nisto
temos, pois, as questões principais diante do Mesocosmos hominal, porém, ainda
poderíamos ascender às grandes escalas de tempo geológicas –que chamaremos de
Macrocosmos-, apenas para perceber que tudo o que existe na evolução humana,
mal passa de um reflexo análogo daquelas evoluções originais...
A
Terra possui cinco bilhões de anos, e na metade deste período (no começo do Eón
Proterozóico)
surgiu a vida em forma mais organizada e animada (pois de início se dava apenas
através de organismo unicelulares), graças ao aumento progressivo do oxigênio
na atmosfera. No período mais recente e atual chamado Eón Fanerozóico,
iniciado há 500 milhões de anos, a vida realmente se ampliou e multiplicou, e
ali também teve início a organização dos continentes. Na metade deste período,
a vida realmente “explodiu” no planeta, surgindo as aves e os mamíferos (Era
Mesozóica). Há 50 milhões de anos, houve a grande extinção dos dinossauros
(começo da Era Cenozóica) e o esfriamento global, surge a vida evoluída e
diversificada. E então, há cinco milhões de anos, surge o Homo Habilis (hominídeos), com rudimentos de inteligência e
qualidades espirituais, como citado anteriormente. Esquematizemos, pois:
5
bilhões de anos .............. nascimento da Terra
500 milhões de anos
......... surgimento da vida organizada
50 milhões de anos
........... a vida evoluída
E
de outra parte, também poderemos descer a detalhamentos significativos para o
futuro, numa forma de “Microcosmos” cultural, a saber:
5
mil anos ................. o ser humano supramental (ciclo solar/racial): a
codificação da Escrita
500
anos .................... o novo ser humano americano (ciclo-Fênix): a
codificação da Nova Raça
50
anos ...................... criação de Brasília (ciclo do Jubileu) : a codificação
do Novo Tempo
Estamos
atualmente na iminência de alcançar a quintessência da Supramente como espécie
(pois até agora isto apenas têm acontecido dentro de pequenas elites e
indivíduos, que servem como semeadores culturais do futuro), o que determinará
o surgimento de uma nova subespécie humana, de amplos pendores universalistas e
sabedoria cósmica, por assim dizer.
Tudo
isto testemunha, pois, a força do fractal para determinar a evolução das
coisas, assim como da metade dos ciclos para a sua renovação, em todas as
camadas do Universo. Abaixo apresentamos então um organograma desta evolução geológica e
biológica reunidas sob a égide dos Pentagramas, onde os ciclos “espirais” ao
ritmo da tetraktys acham-se sempre
bem representados, relacionando daí a evolução com a velocidade (isto
é, a aceleração contínua) das coisas, velocidade que certamente tem relação com
a evolução da energia, seu poder e refinamento. Trata-se também, da “transformação de Vida-Energia, em-Vida Consciência”
(como dizia o professor Henrique José de Souza), através do conjunto da vida
impulsionado pelo Grande Mistério.
A oscilação que se verifica especialmente entre os valores “4” e o “5” , corresponde aos movimentos “cósmicos”
de transição, as quais ocupam geralmente 1/5 dos ciclos (metade no começo e
outra metade no final), como demonstram as doutrinais orientais do tempo. Podemos
até estimar que seja esta base cósmica-5 (a qual provavelmente transcende a
nossa evolução terrena, mas que de qualquer forma a caracteriza atualmente),
que induz a este movimento espiral de tetraktys
nos ciclos. Nas culturas maias-nahuas, o pentagrama é simbolizado pela espiral
(mais exatamente, pelo caracol), como demonstra este símbolo sintético abaixo.
São variantes do símbolo ollin
(a exemplos dos lauburus maias), palavra que significa “movimento”, porque a
quintessência empresta dinamismo e integração aos elementos, sendo esta a base
da verdadeira civilização em seu perfil universalista.
Pois embora se fale comumente das Quatro Idades, de fato existe aQuinta Idade responsável pela transição das Eras quaternárias. De certa foma, é
a própria Idade da Terra que determina a importância do Pentagrama na evolução
no planeta, ou antes o contrário...
É interessante observar também que a evolução espiral dos
manvantaras, encerrando num ciclo de 4.320 anos concorda ao final, com o
período e com o momento da chegada atual da Sexta Raça-raiz na Era de Aquário.
Passaremos agora a detalhar a evolução das rondas através de suas raças,
coisa que por vezes até se confundirá completamente. As raças marcam o passo
das iniciações, e cada raça apenas pode conferir uma nova iniciação a cada
reino em evolução, e de fato é a isto que se destina. Como demonstramos em
nossa matéria “As rondas e a evolução da nossa Espécie”, as iniciações raciais
seguem uma estrutura espiralada de Tetraktys
(1-2-3-4), refletida na doutrina hindu do Manvantara (4-3-2-1), sendo esta daí
a distribuição de raças e seus graus evolutivos existentes em cada ronda ou
subespécie humana:
Desta forma, cada ronda inicia uma nova subespécie ou um novo
subreino-de-consciência dentro do Reino Humano (ou do Homo Sapiens), onde também se vai acumulando os graus e fazendo evoluir
os sub-reinos, resultando ao final das quatro rondas um quadro nestes termos
(lembrando todavia que as rondas prosseguem para além destas):
1ª Subreino: o Logos (Mônada) ......... 10 iniciações: origem=1ª Ronda
(Pralaya)
2ª Subreino: Avatares (Espírito) ....... 7 a 9 Iniciações: origem=2ª
Ronda (Manvantara)
3ª Subreino: Hierarquia (Alma) ...... 5 a 6 Iniciações: origem=3ª
Ronda (Pralaya)
4ª Subreino: Humanidade (Personalidade) .. 1 a 4 Iniciações: origem=4ª
Ronda (Manvantara)
Tudo isto gera, pois, a grande Árvore Sefirotal da evolução cósmica
quaternária atual. O tema não é nenhuma alegoria, mas serve de perfeita
analogia com os processos individuais de iniciação, seus tempos e gradações.
Naturalmente, cabe primar também pela divisão dos pares complementares
de ciclos, que são as unidades Pralaya/Manvantara que integram o Ano Cósmico
(“Grande Ano de Platão”) de 26 mil anos. Daí a proximidade especial entre Logos
e Avatares de um lado, e entre a Hierarquia e a Humanidade de outro lado.
Não obstante, a Paleoantropologia também demonstra que a evolução humana
não se deu de maneira uniforme em todo o planeta, havendo distinções
especialmente entre os acontecimentos do Velho Mundo e do Novo Mundo – e este
fato se reflete também em processos históricos mais recentes. Ou seja: a
alternância da evolução nos hemisférios do globo.
Pernambuco, Brasil
As Rondas
originais: as raças primitivas
Trata-se das três raças que evoluíram nas duas
primeiras rondas, formando o primeiro ciclo completo de Noite-Dia de Brahma.
Aqui se constitui e consolida o primeiro alinhamento cósmico de consciência e a
formação da Personalidade humana.
A primeira ronda (52 mil anos a 36 mil anos)
Durante toda a primeira ronda, ou Pralaya, ainda
durante o período paleolítico tardio, houve uma única raça e, portanto, apenas
uma só iniciação. Imaginemos então o grau em que estava a humanidade durante
a primeira ronda de evolução, onde iniciados de apenas um grau, semelhantes aos
noviços atuais, quase pudessem ser considerados avatares! Quem respondia um
chamado interno ante o Criador (o que terá se manifestado através do animismo),
quem tinha algum sentido de unidade social, quem empreendia disciplinas
físicas tendo em vista o refinamento do corpo e a melhoria da consciência -e se
tornar menos dependentes de “vias” antigas que eram apenas paliativas. Possuíam
uma consciência mineral, no sentido de se ocupar desta melhoria do plano
físico, de lapidação da pedra bruta no sentido mais denso do termo. Mas sendo
aquele um Pralaya, estas aspirações permaneciam mais ao nível de uma condição
íntima ou interna.
Economia social primitiva
Graças aos esforços destes, no entanto, na segunda
ronda muitos seres humanos alcançaram avançar mais duas iniciações.
A segunda ronda (36 mil anos a 25 mil anos)
Em se tratando agora de um Manvantara, decorrido
durante o período Mesolítico, os iniciados buscaram organizar o mundo em certa
medida, sendo capazes de exercer alguma forma de liderança.
A primeira raça desta outra ronda, certamente foi
beneficiada com o despertar da sensibilidade e da devoção, aos seres da Natureza
e às dádivas da Criação, incrementando o culto à fertilidade e ao feminino como
forma de arte e de multiplicação da espécie, assim como a representar a
auto-imagem humana. Nesta sua nova consciência vegetal, o ser humano tratou de
desenvolver, organizar e refinar as suas emoções, despertando vocações e
lideranças religiosas.
“Vênus de Laussel” (entre 20-18 mil anos)
E na segunda raça desta ronda, ocorreu uma forte
tendência para a atividade mental, suscitando rudimentos da capacidade de
síntese e de raciocínio, despertando as lideranças políticas como sementes dos
clãs. Aqui o ser humano despertou a consciência animal, no sentido de organizar
a sua mente e ativar certas energias criativas, reunidas nos saberes do
xamanismo e do nagualismo, além de apurar as artes da caça e as analogias
místicas derivadas, como a arte da espreita interior e assim por diante.
Incrementa-se daí a arte rupestre com cenas de caça.
Assim lentamente, estas raças foram realizando
melhorias na condição humana, falando-se em termos culturais, no
desenvolvimento da organização, da sensibilidade e da inteligência humana.
Estas foram as bases das evoluções que atualmente
registramos nos cômputos teosóficos.
As Rondas
atuais
A terceira ronda foi um novo Pralaya (a “Noite de Brahma”), quando a consciência humana está mais
interiorizada (seja porque a Natureza é então desafiadora, ou porque existe um
rico contexto cultural espiritual, etc., etc.), de modo que os esforços se
voltaram especialmente para a liberação cósmica da alma humana, tendo a Natureza
como uma aliada natural, em todas as suas dimensões.
A terceira ronda (25 mil anos a 13 mil anos)
As três “raças nirvânicas” do último Pralaya no
período Neolítico, –que são as raças Hyperbórea, Austral e parte da Lemuriana-
são aquelas que formaram a base da evolução humana atual e deram os alicerces
da Hierarquia de Luz durante a terceira ronda ou terceiro sistema solar
- ver “As Rondas e a evolução da nossa Espécie”, onde
demonstramos algumas características desta ronda em particular, duplamente
marcada pela tríade.
A evolução espiritual humana chegou nesta fase da
evolução cósmica com três iniciações, além do que se tratava da Ronda terceira,
tudo isto marcando profundamente a condição humana e lhe outorgando novos e
superiores dons mentais, que seriam
usados para as mais diferentes finalidades. A Teosofia fala da chegada dos
“Filhos da Mente” ou Manasaputras, no
final da terceira raça-raiz, associando-os aos Kumaras,
porém este processo teve início já no começo da ronda, vindo a desabrochar no
seu final pelo amadurecimento espiritual destes “Filhos de Brahma”.
A Teosofia as chama de
"raças ocultas", porque antecederam o Manvantara e a evolução
propriamente humana, valendo espiritualmente mais para algumas pequenas elites
apenas (ademais a humanidade tampouco era tão numerosa), em sua luta por alcançar a evolução e a liberação da consciência. A
esta altura a humanidade já contava com os rudimentos da cultura superior, como
linguagem, arte e estrutura social, obtidos na rondas anteriores, de modo que
estava preparada para dar um salto qualitativo na sua cultura.
Lascaux, França, entre 17
a 15,5 mil anos
Boreal e Austral são
raças humanas originais de culturas siberiana e aborígene-negróide, verdadeiros
“pilares da terra” que redefiniram a cultura da humanidade mais profundamente,
sobretudo nos termos dos cultos xamanistas e animistas, ainda que não
houvesse uma efetiva socialização destes conhecimentos “superiores”, o que só
começou em meados do ciclo lemuriano quando apareceu Sanat Kumara, surgido numa
sub-raça pré-atlante há uns 13 mil anos atrás, instigando os iniciados a se
abrirem mais ao mundo e a adaptarem os seus saberes para que as massas também
pudessem ter acesso à espiritualidade, o que se daria através das religiões. E ainda
assim, foi preciso esperar a chegada da Atlântida, para que tais intenções
realmente chegassem a frutificar.
A Lemúria é a região
cultural de viés afro-xamanista, a África. Outrossim, pela ordem natural dos
ciclos, sabemos que a terceira raça possui uma ascendência setentrional, razão
pela qual houve nesta altura uma forte ênfase à migração da cultura para o
Norte e a revalorização das energias setentrionais, ainda que tratando de
alojar-se em regiões mais temperadas.
africanos primitivos
A cor negra que muitas vezes prevaleceu
nestas primeiras raças, apresenta direta relação com a situação equatorial das
origens e também com a evolução das espécies, além de simbolizar o Pralaya ou a Noite de Brahma.
Neste sentido, a migração para o Norte em tempos remotos, favoreceu a
diversidade da pigmentação da pele e a aquisição da cor branca ou clara; coisa
que o extinto Homem de Neandertal também já havia obtido, havendo aqui um traço
de miscigenação que a Paleoantropologia tem podido identificar.
Homem de Neandertal
Não é evidente então, que os rigores das
elevadas altitudes do planeta, impingiu sobre aquele homem original, o sentido
da transcendência e de superação da Natureza, outorgando-lhe destarte o galardão
da primazia da cultura superior?
Tampouco será evidente, por sua vez, que a
vida luxuriante dos Trópicos e nas florestas, mostrou a este outro ser humano a
exuberância da Natureza, revelando-lhe os mistérios a ela inerentes e as
dádivas da divina imanência?
Assim, nestes dois modelos originais,
tivemos formas radicalmente opostas de tratar a espiritualidade, uma
transcendente que se poderia definir como masculina, e outra imanente que se
poderia dizer feminina, que naturalmente se completam no equilíbrio das coisas,
mas ao mesmo tempo disputam muitas vezes a primazia do poder. E deste modo, o
ser humano foi aprendendo sobre a importância do clima na formação de sua
cultura, assim como da sua própria unidade com o meio ambiente.
Todas as raças modernas, são derivações destas originais, assim como suas recombinações e aprimoramentos, buscando o equilíbrio, a unidade e a integração, ainda que seguindo sempre o ritmo sagrado da alternância dos Princípios que prevalece em toda a Criação, entre Sol e Lua, Noite e Dia, Mente e Sentimento... valendo isto também para a sua distribuição progressiva através do globo e dos hemisférios, mediante o chamado "Itinerário de IO" de ritmo soli-lunar.
Todas as raças modernas, são derivações destas originais, assim como suas recombinações e aprimoramentos, buscando o equilíbrio, a unidade e a integração, ainda que seguindo sempre o ritmo sagrado da alternância dos Princípios que prevalece em toda a Criação, entre Sol e Lua, Noite e Dia, Mente e Sentimento... valendo isto também para a sua distribuição progressiva através do globo e dos hemisférios, mediante o chamado "Itinerário de IO" de ritmo soli-lunar.
É por esta mesma razão que, apenas na
terceira raça o ser humano despertaria para o luminoso conceito de Equilíbrio,
vindo a caracterizá-lo sob todos os ângulos, como na Astrologia (“Tempo”)
através do signo de Libra que então despontava no horizonte do Mundo, ou na
Geografia sagrada (“Espaço”) pela ênfase na Zona Temperada onde as Quatro
Estações são iguais. Está é a origem dos grandes mitos áureos de Shambala e de
Agartha entre os áryos (Hinduísmo, Budismo) e de Tula (termo que nomeia Libra
no Oriente) entre os atlantes (México, China), ainda que estes últimos
primassem mais pela adjacente Zona Tropical.
Rigden Gyepo, rei de Shambala
Tudo isto também representou o acesso à
iniciação solar ou verdadeira, a qual possibilita regularmente desde então o
contato etérico com a divindade, razão pela qual nesta altura também viria ao
mundo as excelsas figuras dos Kumaras, em especial Sanat Kumara para
reger esta evolução cósmica e possibilitar a conexão entre a humanidade e a
divindade, permitindo a iniciação coletiva ou a evolução espiritual racial e
dando lugar à primeira verdadeira Idade de Ouro do planeta, através da
manifestação da Loja Branca assentada sobre a tomada do Sendeiro dos
Bodhisatwas pelos Grandes Renunciantes, superando assim a condição até então
existente de separação entre o céu e a terra ou entre a espiritualidade e a
matéria, que fazia da espiritualidade algo apartado da humanidade em geral e um
privilégio daqueles raros que tivessem uma específica vocação para o assunto.
Os Boreais-Hyperbóreos
E desta forma, colhendo a evolução trina das duas
rondas anteriores, na fundacional Raça Hyperbórea o ser humano alcançou a iniciação quaternária, ou a iluminação verdadeira.
As raças originais muitas
vezes se formaram através de migrações, onde buscavam novos meios de vida e a
possibilidade de fundar um novo modelo cultural. No geral, a Paleoantropologia
afirma que o ser humano surgiu na África e dali se espalhou pelo mundo, embora
também haja teorias sobre a formação espontânea em quase todos os Continentes.
Um xamã siberiano
Uma das migrações mais antigas levou o homem
para a Sibéria, há cerca de um milhão de anos, quando a região possuía
características distintas e mais amenas que as atuais, em especial na região do
Montes Altai (hoje objeto de culto xamanista new age e de
vínculos com a lenda de Shambala), como informou em data recente o Instituto de
Arqueologia e Etnografia russo. Os siberianos elaboraram uma da formas mais
originais e completas de xamanismo, irradiando depois os seus saberes para
várias outras culturas através do mundo. E a exemplo de muitos outros povos,
como os maias, os egípcios e alguns povos africanos, ao longo da vastíssima região da Sibéria também se
praticou o alongamento craniano, visando ampliar a capacidade cerebral do ser
humano e aperfeiçoar a raça (vale lembrar que os extintos Neandertais tinham cérebros maiores do que os dos Homo Sapiens).
Os Austrais-Antípodas
Quanto aos Antípodas, ou
a Raça Austral, os antigos iniciados ali obtiveram a quintessência (Adeptado).
Consta que “os aborígenes australianos descendem,
provavelmente, de emigrantes africanos que, há cerca de 50.000 anos, cruzaram o
mar usando canoas e toscas embarcações. Nessa época, a Austrália era ligada à Nova Guiné e era muito mais verde e menos
desértica do que hoje, possuindo vários rios caudalosos que se transformaram
posteriormente em córregos ou desapareceram.” (Wikipédia) Representa esta, pois, uma das migrações
originais da humanidade mais evoluída, destinada a forjar uma cultura nova a
partir da matriz racial africana, para uma região que era como uma antiga
“terra prometida”, a Austrália original, grande terra insular que por muito tempo há de ter
sido uma verdadeira imagem do paraíso, e que evoca em seu nome a “natureza” da raça que
viria a abrigar...
aborígenes australianos
Podemos ter uma noção da natureza dos seus
cultos através do animismo e do culto à ancestralidade sagrada, pois praticam a
reverência à terra e possuem a crença no Tempo do Sonho: “Na mitologia animista dos aborígenes
australianos, o Tempo
do Sonho ou Altjeringa ou Alcheringa (em inglês Dreamtime) é
uma era sagrada na qual espíritos ancestrais totêmicos formaram A
Criação.” “Os aborígenes acreditam em duas formas
de tempo, duas correntes paralelas de atividade. Uma delas são as atividades
objetivas diárias, a outra é um ciclo infinito espiritual chamado de ‘Tempo
do Sonho’, mais real que a própria realidade. Aconteça o que acontecer, o Tempo do Sonho estabelece os valores, símbolos e as
leis da sociedade aborígene. Acredita-se que algumas pessoas com poderes
espirituais incomuns tenham tido contato com o Tempo do Sonho.” (op. cit.)
O “Tempo do Sonho” estabelece basicamente as
regras-de-conduta para favorecer uma existência “atemporal”, naquelas
sociedades primitivas. Por extensão, o “Tempo dos Sonhos” é o próprio período
nirvânico ou de Pralaya do mundo, que os hindus chamam de
“sono de Brahma”, onde prevalece uma perfeita harmonia entre a cultura e a
Natureza, através de elos espirituais profundos; à parte suas conexões com
o Akasha, a fonte do “Inconsciente Coletivo” ou da Memória
Ancestral da humanidade. Os antigos mitos de Criação, sempre possuem mais
traços raciais e culturais, do que propriamente físicos e cosmológicos.
Os Lemurianos
E então, quando chegou a etapa da Lemúria, alguns
Adeptos estavam finalmente prontos para tomar o grau de Ascensão, para o qual
as elites esotéricas das raças anteriores tanto haviam se esforçado por obter. Nesta
altura, se consolida o segundo alinhamento cósmico de consciência e a
constituição da Alma humana.
Ali começou então a amadurecer os verdadeiros Caminhos de
Evolução Superior dos Chohans, permitindo que os Adeptos que vinham evoluindo
desde o começo da condição humana pudessem postular a sua liberação. A síntese
planetária (ou do próprio sistema solar) havia sido alcançada, na coroação
daquela ronda de esforços nirvânicos, para felicidade de todos os iniciados do
nosso planeta, que aspiravam por respostas para a liberação cósmica e a
conquista definitiva da imortalidade da alma, porque o próprio corpo físico podia
ser então transposto para outras dimensões...
Tribo africana
Se conseguiu apurar então três Sendeiros Cósmicos de
evolução, em analogia com as três rondas atravessadas pela evolução
humana, dando acesso a três Planos Cósmicos de ascensão: o Físico, o Astral e o
Mental. Os Caminhos de Evolução Superior então acessíveis, eram daí: o Sendeiro de Serviço na Terra (então relacionado ao Físico Cósmico e ao Astral Cósmico), o Sendeiro de
Trabalho Magnético (relacionado ao Astral Cósmico) e o Sendeiro de Treinamento para Logos Planetário (relacionado ao
Mental Cósmico).
Nos
deteremos agora um pouco em
nosso narrativa, porém, para tratar de certo “evento cósmico” comumente relatado nos
meios esotéricos, ocorrido no decurso desta raça e já no final da ronda,
antecipando a sua transição para o Manvantara seguinte.
A intervenção divina dos Kumaras
Sucede que, quando se chegou em meados da raça lemuriana, ocorreu um
certo “incidente” na evolução planetária, pelo qual se começou a alavancar já a
evolução da ronda seguinte. Um grande ser chamado Sanat Kumara, foi um dos
primeiros a ter plena consciência dos potenciais dos tempos que a humanidade
vivia então, em todo o seu potencial de ascensão. Porém, acumulando também toda
a virtude e a compaixão dos mais amorosos seres de luz, e conhecendo ademais a
natureza dos tempos que se aproximavam, resolveu organizar a Ordem dos Kumaras,
regida por quatro grandes Diretores, para tratar da futura evolução cósmica da
Terra.
Para isto, se decidiu inicialmente que um novo Sendeiro Cósmico já
deveria ser criado, e os Kumaras prontificaram-se
a si e aos seus para sustentar as energias desta nova Evolução Quaternária
Superior, em benefício da evolução mundial maior. Codificaram daí o Sendeiro que conduz a Sírio, como base para a
ideação de uma Loja de Serviços Terrenos, e como canal direto para beneficiar e
canalizar a evolução da ronda futura e –coisa inédita até então- do conjunto da
Humanidade inclusive. Ao fazer isto, estavam sendo colocados os alicerces da
Quarta Ronda de Evolução cósmica, e por decorrência a criação de uma nova
subespécie humana, a do homo sapiens
sapiens, ou “aquele que sabe de si”...
Sírio é uma estrela gloriosa, a mais brilhante do céu e os egípcios a
atribuíram a Ísis. Descobriu-se que os seus ciclos são de enorme utilidade para
regular todos os calendários, razão pela qual “todas as antigas religiões
estavam relacionadas a esta estrela”, como escreveu H. P. Blavatsky, sendo que
o Sendeiro Cósmico que através dela se edificou (que é o Quarto Sendeiro),
representa a via-de-menor-resistência para a Humanidade, por se tratar esta do
quarto reino de evolução (como esclarece Alice A. Bailey por sua vez). Trata-se
é claro de uma alusão à evolução humana sob os custódios da Hierarquia
espiritual, a qual representa a manifestação do Amor divino na Terra.
Os Quatro Kumaras
A vinda dos Kumaras sob a Era de Libra, deu
origem ao “mito” de que os Celestes Senhores haviam vindo de Vênus, coisa que
na Antiguidade tinha apenas um sentido astrológico (como também elucidou
Bailey), mas que recebeu na Modernidade um artificial sentido astronômico,
favorecendo a mística ufológica. E o caráter imberbe dos Kumaris contribuiu
para a lenda da sua juventude, em função de sua especial origem racial
(sugerindo uma forte miscigenação), contrastando com os outros mestres
conhecidos.
A fim de incluir as antigas
Evoluções cósmicas nesta nova fase mundial, Sanat Kumara propôs redimensionar o
alcance dos Caminhos de Evolução Superior existentes, especialmente para
aqueles iniciados que haviam começado a sua evolução nesta terceira ronda; já
que a futura ronda ampliaria de algum modo todas as perspectivas de evolução.
Decretou então que todos os Três Sendeiros Superiores anteriores seriam
considerados apenas Sendeiros
Provisórios, os quais se fundiriam com o tempo nos Quatro Sendeiros definitivos
a ser organizados através das raças seguintes, devidamente alinhadas com a
evolução futura. Esta “substituição”
ascendente apenas foi possível, porque as raças das novas rondas tinham um
poder semelhante ao das rondas completas dos ciclos anteriores, graças à
aceleração da cultura e ao acúmulo crescente das energias internas do homem.
Foi posta então uma ênfase toda
especial no Sendeiro
de Serviço na Terra, também
conhecido pelos budistas como a Via dos Bodhisatwas, aqueles que renunciam ao
nirvana para auxiliar na evolução terrena. Até então, este primeiro Sendeiro
remetia ao Astral Cósmico (a
fim de libertar dos Planos Físicos) somente, após um breve período de Serviços na Terra
destinado a realizar a instrução de alguns seletos iniciados despertos para a
vida do espírito.
Doravante, porém, este Sendeiro contaria com uma nova opção de evolução
posterior, para aqueles que realmente assumissem tarefas junto ao mundo, e não
apenas para beneficiar ordens de iniciados afastadas do mundo, mas também as
verdadeiras raças humanas, através de Sete Ordens de Serviços Terrenos
conhecidas em conjunto como A Loja Branca, cuja cor fazia alusão de início
apenas ao Dia de Brahma que ela trataria de administrar (assim como a antiga
Loja Negra se referia às ocultas ou nirvânicas energias do Pralaya e seus costumes), mas que logo adquiriu
novas conotações éticas, como adiante iremos observar.
Aqueles que acatassem esta solicitação dos Kumaras, contariam com a
Tríplice Evolução deste Sendeiro, o qual se destinaria ao final para o Mais
Alto dos Planos cósmicos, o Quarto Plano que estaria sendo preparado doravante.
Graças a estas medidas, foi possível dar início a uma nova evolução de
Manvantara (o Dia de Brahma), quando a consciência da humanidade está
exteriorizada e buscando controlar a matéria, e administrá-la espiritualmente
da melhor forma possível.
Assim, indiretamente os Kumaris estavam abrindo um quarto Plano Cósmico
de Evolução, e determinaram que para eles se dirigissem os Grandes Renunciantes
após este estágio inicial de Serviços na Terra, e também de outro estágio
intermediário no Plano Astral Cósmico (que era o seu antigo Destino final),
desde onde deveriam completar a sua Assistência terrena e se preparar para a
definitiva ascensão no Plano Búdico Cósmico, também chamado “o Mar de Fogo”.
Com isto, o Sendeiro de Serviço na Terra passou a ter uma função cósmica
alfa-ômega ou de Kundalini, servindo de referência para todos aqueles que
objetivassem a iluminação “científica” segura, que logo estaria acessível à
Hierarquia atlante.
Na verdade, a própria opção
terrena não estaria desvinculada dos Caminhos cósmicos. A organização da Loja
Branca, estruturada por Sanat Kumara, seria um reflexo terreno dos Sendeiros
Cósmicos de Ascensão, através dos Sete Raios divinais, preparando desta
forma os mestres para a sua futura etapa de liberação.
Neste processo renovador e altamente sacrificado, naturalmente os
Mestres e os Avatares seriam considerados pelos humanos como “deuses
criadores”, pois atuavam como demiurgos na formação do ser humano e sua
cultura. Daí vem a idéia dos Elohim de que fala o Livro do Genesis, como agentes específicos da (re)criação humana, demiurgos pois. Até então,
a Ética dos Iniciados impedia que eles tentassem se divinizar ante o mundo, e
quem o fizesse era severamente condenado. Mas com isto, as religiões não aconteciam
e a humanidade em geral seguia na ignorância prática das coisas do espírito.
Porém, os Kumaras encarnaram uma
energia maior de purificação, e ademais realizaram um trabalho de verdadeira
amplitude universal, daí proclamaram-se e foram proclamados por seus pares como
deuses, em especial Sanat Kumara, como uma deidade manifestada para revelar ao
mundo a chegada dos caminhos humanos de evolução. Cada Kumara seria um futuro
Manu (Diretor) racial, mas Sanat Kumara
seria também o Manu cósmico da ronda, razão pela qual recebe o especial nome de Sanat,
“Eterno”. E como tal, devemos considerar que partiu do mesmo Sanat Kumara a Grande Ordenança da migração para as Américas
que teve início naquela época, como um verdadeiro Decreto Cósmico do Rei do
Mundo em prol da renovação planetária, visando implantar uma cultura mais pura
e livre dos vícios da Velha Ordem. O próprio processo do êxodo ou da
migração, educaria a nova humanidade para aquilo tudo que ela deveria começar a
alcançar.
migração
Ocorre que, tendo eles já a
condição de Adeptos, os Kumaras decidiram simplesmente permanecer
na Terra (encarnados ou não)
para beneficiar a evolução humana social, dando origem à evolução coletiva e à iniciação grupal através de movimentos religiosos e da própria civilização. A implantação e a permanência de Shambala nos subplanos etéricos do Plano Físico Cósmico, teve relação com esta situação.
para beneficiar a evolução humana social, dando origem à evolução coletiva e à iniciação grupal através de movimentos religiosos e da própria civilização. A implantação e a permanência de Shambala nos subplanos etéricos do Plano Físico Cósmico, teve relação com esta situação.
Ademais, por estar ainda sujeito à economia espiritual do Pralaya e
também pela sua superior estatura, o
ashram pioneiro de Sanat Kumara não alcançou realmente se manifestar no
mundo, mantendo-se como uma Escola Secreta de Iniciação Superior. Por tudo isto, Sanat Kumara passou a ser conhecido
como o “Grande Renunciante” (ou, em outra tradução, “o Grande
Sacrifício”), e o Supremo Reitor da Grande Fraternidade Branca, também
conhecida como o Governo Oculto (ou “Paralelo”) do Mundo.
Seria esta, pois, a primeira Grande Intervenção divina na evolução
cósmica atual, e desde então, todos os iniciados de terceiro grau tem tido acesso ao
contato etérico com Sanat Kumara, para sinalizar a Presença do Rei do Mundo e receber a
imantação do cetro do Iniciador Único sobre a sua aura, dando acesso à
iniciação verdadeira. Os iniciados retificaram assim as suas sendas,
superando a iniciação simbólica e as encarnações, preparando-se daí para a
liberação e a iluminação.
Na esfera da Humanidade, por sua vez, graças a esta
Intervenção superior, já na raça lemuriana teve início uma nova evolução
humana, tomando todos aqueles que seguissem os ensinamentos dos Kumaras a sua
primeira iniciação e despertando para a luz, com o amparo dos iniciados
encarnados e desencarnados da Loja Branca.
A divisão das Lojas da Luz e da Sombra
Desde o princípio da evolução humana, veio se formando
as sementes da Loja Branca e a da Loja Negra, através da forma como os
iniciados tratavam o conhecimento e as suas relações sociais.
No decurso do último Pralaya,
os melhores sábios foram se esforçando para alcançar a Liberação das Vias
Antigas, especialmente de práticas como a necromancia, os sacrifícios e o uso
de plantas-de-poder, tratando antes de buscar cultivar os poderes latentes internos
humanos através das iogas. Para a Loja Branca, não se tratava geralmente de
abandonar métodos, mas de fazê-los evoluir pela combinação de novas fórmulas e
pelo refinamento. Propunha-se, por exemplo, um uso discreto e parco das
plantas-de-poder (ou até uso nenhum em certos casos), para ser complementado
pelos iogas sob a orientação dos mestres; a necromancia e o espiritismo,
deveriam dar lugar à telepatia e à canalização; e a ritualística deveria ser
equilibrada com práticas mais internas.
E de certa maneira, Sanat Kumara acabou assumindo a função do Manu
cósmico, pois Manvatara significa “período entre dois Manus” (por simetria, atualmente
já deveria surgir um Ser semelhante antecipando a transição cósmica pelo período de uma Era zodiacal completa, obedecendo isto a
certo preceito de fractal). Com
isto, Sanat Kumara se tornou o regente deste novo ciclo cósmico, como um Divino
Legislador com direito a solicitar que certo número de Mestres seguissem a Via
de Renúncia que ele inaugurou em nome do Bem Comum, e da qual era o Augusto
Protótipo. Não que todos fossem impedidos
de se liberar cosmicamente, mas apenas quem sentisse um apelo mínimo de
auxiliar e evoluir mais, pois sempre existem mais iniciados no mundo do que se
necessita para ajudar um planeta a evoluir, de modo que as Vias Cósmicas sempre
estão liberadas para muitos. As forças espirituais realizam a sua semeadura na
alma humana, visando todas estas possibilidades e necessidades.
Ademais, também se tratou de definir com clareza ali, a Ética da Iniciação e a separação de Poderes & Deveres para os Reinos da Consciência (Divindade, Hierarquia e Humanidade), como forma de purificar as coisas e proteger os mais humildes, de tal sorte que os grandes portadores do Saber não deveriam trabalhar com o Poder, ao passo que os grandes detentores do Poder tampouco poderiam desenvolver em si o grande Saber, para que não houvesse um acúmulo de poder nos centros e a colaboração entre os Reinos de Consciência se mantivesse como uma necessidade.
Ademais, também se tratou de definir com clareza ali, a Ética da Iniciação e a separação de Poderes & Deveres para os Reinos da Consciência (Divindade, Hierarquia e Humanidade), como forma de purificar as coisas e proteger os mais humildes, de tal sorte que os grandes portadores do Saber não deveriam trabalhar com o Poder, ao passo que os grandes detentores do Poder tampouco poderiam desenvolver em si o grande Saber, para que não houvesse um acúmulo de poder nos centros e a colaboração entre os Reinos de Consciência se mantivesse como uma necessidade.
Tais coisas apenas esclareciam sobre a sua natureza real e necessária, servindo para toda a ordem social, mas em especial nas relações entre os
Mestres e a Humanidade, fazendo com que aqueles se mantivessem unicamente como
mentores, conselheiros e professores dos humanos, sem jamais se imiscuir ou
assumir pessoalmente o poder, o comando e a administração das coisas terrenas,
o que levaria Jesus a dizer “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de
Deus”. E isto também valeria para as questões do comércio e ao acúmulo de
posses, razão pela qual o Cristo declarou claramente que “não se pode servir a
dois senhores, a Deus e às riquezas”.
Estas atitudes definiam, pois, na verdade, apenas a postura natural dos
Adeptos da Boa Lei, mas denunciavam as tendências dos trevosos de pretender
misturar as coisas e praticar a impureza, a ganância e a opressão. Onde quer
que haja a manifestação do totalitarismo e a presunção da auto-suficiência, ali
deve ser visto o sinal das trevas. Pois é comum ainda haver criaturas de
tendências trevosas e de má índole, que alimentam posições radicais e que
sustentam a inveja e o totalitarismo.
Por tudo isto, ante a grande conclamação dos Kumaris para a Revolução
Cósmica do Amor, aconteceu a separação definitiva da Loja Negra e da Loja Branca, como uma
outra grande divisão entre as águas do passado e as águas do futuro, porquanto
se os Irmãos das Sombras sustentaram a Rebelião de Lúcifer na sua soberba de Anjos
Caídos, desprezando e oprimindo a humanidade (a quem ainda hoje chama de
“macacos”) e a qual deseja sempre exterminar e/ou escravizar, a verdadeira
Legião da Luz deseja auxiliar a evolução humana a todo custo e a galgar cada
vez maiores degraus na luz.
Afinal, ao contrário de toda uma
Escola Velha, que vinha praticando sacrifícios externos há milênios para
alcançar os seus objetivos, a Escola Nova propunha o auto-sacrifício (sobretudo através das
iogas e do serviço), essência
do sacerdócio verdadeiro, em nome da evolução espiritual própria e do mundo.
Neste aspecto, os verdadeiros mestres sempre tiveram grandes experiências na
vida e alcançaram sínteses vivenciais maravilhosas, mas comumente a sua
inabalável aspiração pelo progresso, os levou a abdicar até mesmo destas
luminosas conquistas...
Para chegar a ser assim tão
desumanos, os adeptos das trevas tem abusado do seu livre-arbítrio, na presunção
de que tudo é permitido, afrontando as Leis da Natureza dentro e fora de si
mesmos. As pessoas comuns quando erram, ainda preservam um fio de consciência
através da noção do pecado e suas conseqüências, mas os trevosos se perdem
porque no seu orgulho e arrogância, querem fazer da sua vontade (ou antes, desejo!) a própria lei
das coisas! Por isto, a norma da Loja Negra é
ser um império da enfermidade mental, daqueles que não souberam observar as admoestações e as advertências da Senda.
Pois o resultado da não-inclusão
do povo na espiritualidade é o abandono e a ignorância, coisa fatal para o
planeta em tempos crescentes de materialismo como é o Manvantara. Se os mestres
não tivessem começado estes esforços de coletivização espiritual tão
precocemente, focalizado na educação da humanidade, provavelmente não teria
restado humano algum sobre a Terra, os homens teriam se dizimado entre si como
fizeram com outras espécies semelhantes de hominídeos –e até com o próprio
Homem de Neandertal que, sob certos aspectos era até mais evoluído do que ele-,
e ainda faz com tantas outras espécies na Natureza. O materialismo, a cobiça, a
inveja e a ira, teriam levado quiçá a este resultado fatal, salvo pela
compaixão e o espírito da fraternidade, ademais que a própria hybris humana tenha também a percepção
da necessidade da preservação da espécie para fins de escravizar uns aos outros
visando obter os confortos que se ambiciona.
Alice A. Bailey declarou que os trevosos “jamais ultrapassam a segunda
iniciação”, porém vemos que eles cada vez mais procuram imitar procedimentos
dos graus mais avançados (apesar de terem em si mesmos uma parca criatividade),
além de terem uma atração nata pelo conhecimento, o que pode levar a iludir
bastante sobre a sua verdadeira e limitada condição. Comumente, eles fazem
assim menos para buscar a própria evolução, do que para tentar angariar poder e competir com a
Loja Branca, apresentar uma imagem mais “moderna” e, acima de tudo, se
aproveitar daquilo que tem virado “moda” no campo espiritual e, através disto,
buscar riqueza e prestígio.
A Loja Branca, por sua vez, se caracteriza precisamente por levar a tocha
da evolução do espírito e pelo dinamismo das suas propostas, ampliando sempre
de todas as maneiras possíveis o leque das suas ações pioneiras, mesmo ao preço
do sacrifício de alguns dos seus servidores que, ademais, sempre se sabem
eternos e até aspiram por este legado maior, contra os covardes elementos da
Loja Negra que, por serem atávicos e conservadores, também se tornam duplamente
decadentes.
Tal como escreveu Alice A. Bailey em “Um Tratado sobre Magia Branca”,
“aquilo que é magia branca numa época, depois se torna magia negra na época
posterior”. Tal coisa se deve por um lado ao avanço natural das coisas, e por
outro lado à decadência interna de tudo que fica estagnado e ao envelhecimento
também natural das coisas (veja-se que, nas doutrinas das Idades do Mundo, por
exemplo, os tempos iniciam áureos ou luminosos e culminam trevosos e
materialistas). Por isto, toda a espiritualidade é como andar de bicicleta:
demanda dinamismo ou se cai, pois nisto a luz acompanha os movimentos da
Criação.
A quarta ronda (13 mil anos à Atualidade)
Através do novo Manvantara (que é o atual), nas raças seguintes (que já são
as raças modernas), os Mestres seguiram então avançando cosmicamente, e os
outros centros da mesma forma em seu próprio nível.
Na raça atlante, os Mestres maiores alcançaram a sétima iniciação, aquela
dos verdadeiros Bodhisatwas, abrindo de vez um novo Centro de consciência mundial,
relacionado à divindade. A Hierarquia, por sua vez, obteve a iluminação
verdadeira (iniciação quaternária), oferecendo à Humanidade a primeira
visão do ser humano completo e imortalizado. Quanto à própria Humanidade, a
raça recebeu a condição de discipulado, dando início à verdadeira evolução da alma. Por isto, a grande marca espiritual legada pela Atlântida, foram Templos que se sobressaem em meio às antigas aldeias, como Gobekli Tepe (Turquia) e Arkain (Rússia), este com feições de um verdadeiro monastério, abaixo em reconstituição visual.
Arkain, Rússia
Na raça posterior, a árya, houve avatares de nona iniciação, Manus e
Budas verdadeiros, portanto, como foram Krishna e Buda. Estes seres foram os
pioneiros da evolução humana, razão pela qual a Teosofia diz que vieram de
outras evoluções, anteriores às presentes rondas. A Hierarquia destas rondas
atuais alcançou aqui o Adeptado, oferecendo à Humanidade uma cultura de
integração e unidade, começando a preparar o mundo para a ronda futura, enquanto
a própria Humanidade alcançava a “iniciação verdadeira”, terciária ou solar. Este
é o ciclo que recém começamos a “superar”, marcado pela idéia de Civilização e
pautado pela instituição do Estado.
E na nova raça-raiz, a Americana, se espera um avatar de décima
iniciação, chamado Kalki, e que não casualmente também será a décima e última
encarnação-maior de Vishnu. Pois esta raça também encerra a presente ronda, e nela a Hierarquia alcançará a ascensão (sexta iniciação), liberando-se dos
limites do espaço sistêmico, enquanto a Humanidade conquistará a iluminação real
(quarta iniciação), liberando-se dos ditames do tempo. A Civilização planetária desta Nova Era será holística, até porque se manterá
doravante a energia planetária sempre em níveis mais ou menos superiores.
Durante estas restantes três raças, também se amadurecem os outros três
Sendeiros Cósmicos de Evolução. Além da consolidação do Sendeiro que conduz a Sírio (relacionado ao Plano Astral
Cósmico) que fez a transição da ronda, se acrescentou o Sendeiro de
Raio (relacionado ao Plano Mental Cósmico), o Sendeiro no qual se acha nosso Logos (relacionado ao Plano
Búdico Cósmico) e o Sendeiro da
Filiação Absoluta (relacionado ao Plano Mental Cósmico). Como vimos, alguns
Sendeiros foram remanejados para evoluir por novas etapas, a fim de atender as
necessidades da evolução do mundo, a exemplo daquilo que os Kumaras fizeram com
a Via dos Bodhisatwas.
Não mais nos deteremos sobre o assunto, porque o tema destas raças
modernas relativas ao homo sapiens
sapiens já tem sido bastante debatido, inclusive por nós mesmos (ver nossa
obra “Trikosmos”, e também “Os mistérios dos tempos”), o mesmo quanto ao tema dos Sendeiros de Evolução Superior
(ver “O Livro dos Chohans” e “O Portal de Farohar”, e ainda "Os Sendeiros Cósmicos e os Raios divinos").
Reiteramos
apenas, que estamos falando é de evolução cultural, e não de constituição
orgânica, anatômica ou fisiológica, porque o tema das raças (mas também das
espécies em dada medida) diz respeito em primeiro lugar a cultura, ainda que
tal possa soar mais sutil de apreciar. A evolução cultural apenas se vale de
sociedades dotadas das características apropriadas, que habitam certas regiões do planeta, e que por tal razão
geográfica possuem também "incidentalmente" certas características físicas e fisiológicas.
Ademais não há qualquer possibilidade de
vincular movimentos geológicos importantes com raças humanas e nem estas com
“dinossauros”, como a imaginação fértil dos escritores gosta de fazer, o que
somente é válido como ficção e fantasia.
um "cíclope"
As visões sobre raças “etéricas” começaram
com H. P. Blavatsky, que admitia não obstante haver muitos véus na sua Doutrina
Secreta ainda por retirar. Alice A. Bailey ajudou bastante nisto, e mostrou que
as raças convivem com suas Hierarquias-reitoras, onde conclui-se que as antigas
“descrições” das raças envolvem antes símbolos sobre as iniciações raciais e
das próprias hierarquias, mas tudo de “carne-e-osso” também. Os cíclopes
lemurianos, por exemplo, indicam que a Hierarquia daquela terceira raça-mãe
tinha a terceira visão desperta.
Será que a Teosofia
perdeu a linha, quando quis dar ao tema uma conotação fisiológica? Em “História
Filosófica do Gênero Humano”, o grande pioneiro A. Fabre d’Olivet tem o cuidado de afirmar não
estar tratando de uma cosmogonia, mas de uma antropologia, e num estilo
clarividente de atuação, ou seja, uma “História Filosófica”. Trata-se de uma
das obras mais importantes, marcantes e influentes de d’Olivet, que resume o
seu pensamento sobre a constituição espiritual humana, social e racial, com
evidente influência sobre a Teosofia e, claramente, sobre os místicos franceses
dos séculos XIX e XX.
.
Poucos se atrevem a opinar num tema que pode responder a mais relevante da perguntas, de onde quando como viemos?
ResponderExcluirNosso corpo físico veio da própria Terra, do barro, do pó e nossa alma foi plasmada por longas rondas desde a mineral a atual JIVA-Humana e nosso espírito, o princípio inteligente latente ainda espera a construção real e total para viver pleno veio da sementes monádicas de 16 Plasmas racias oriundos de vários Sistemas, agora para onde vamos depende de cada um.
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