A Teosofia em geral tem uma forte influência nos novos ensinamentos, especialmente em suas vertentes históricas centralizadas em Helena P. Blavatsky e sua sucessora espiritual Alice A. Bailey. Porém, dentro das revelações do Plano da Hierarquia, procura-se hoje dar uma cor mais “científica” ao tema, tratando basicamente de retirar os véus remanescentes, além de apurar sínteses e agregar idéias complementares, como seria a questão social e a própria espiritualidade e iniciação. Esta é a origem da “Teosofia Científica”, uma doutrina promissora que trabalha basicamente com a Ciência dos Ciclos. Uma Teosofia Científica reuniria -nada mais e nada menos- que os dois pólos extremos do conhecimento (espiritualidade e ciência), preenchendo daí todo o leque do humano saber.

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O grande jogo dos Mistérios ou o Plano da Hierarquia

O Plano da Hierarquia de preparação da humanidade para a Nova Era, representa um projeto comunicado por Alice A. Bailey tendo por base o trabalho de Blavatsky ou da Sociedade Teosófica, de preparar a transição planetária para a Nova Era. Trata-se de um Plano de três etapas onde Bailey ocuparia a fase central, para tudo culminar numa futura revelação apoteótica. Atravessando três séculos, o Plano ocuparia três gerações ao longo de 1,5 séculos de esforços, contando também com a colaboração de agentes secundários.

Não obstante, separar Blavatsky, Bailey e mesmo Roerich seria ilusório porque todas integram um único projeto e intenção. O quadro remete na verdade ao conhecido papel do triplo feminino na vida dos avatares. Bailey e Roerich apenas aconteceram porque não foi possível entregar tudo através de Blavatsky - e por várias razões. Por isto a ideia do Plano de Três Etapas é relativa, valendo perfeitamente também, em todos os sentidos e de todas as maneiras, a previsão de duas etapas de Blavatsky, mesmo não tendo ela plena consciência ainda da verdadeira estatura espiritual do seu sucessor, algo que seria então melhor colocado por Bailey, e também por Roerich de certa maneira. 

Na imagem abaixo temos o tradicional símbolo cristão da vesica piscis, comumente associado ao útero da Virgem, porém reunindo as iniciais de todos os mensageiros do Plano numa dinâmica única. Os círculos correspondem aos períodos envolvidos neste quadro, uma vez que o Messias se manifesta na transição dos ciclos, e atualmente achamo-nos na transição de vários ciclos importantes. Eventualmente também podem ser associados aos séculos envolvidos no processo.

A evolução do Plano da Hierarquia determina assim uma linhagem, cuja renovação passa sempre por uma linha de transmissão bem definida através do estudo atento e da prática integral dos ensinamentos produzindo uma espécie de cadeia de especialistas.

As correspondentes câmaras em questão –noviciado, discipulado e iniciação- a serem na sequência citadas, são genéricas e potencializam graus maiores, daí a dinâmica natural do Plano. Seus porta-vozes mesmos já tiveram graus mais avançados. É muito importante compreender que tudo isto não merece ser minimizado, porque estamos tratando de elevados Ensinamentos de Adeptos na sua raiz, e não de ensinamentos menores, parciais, comuns e conhecidos -ainda que tal coisa também possa eventualmente acarretar em distorções e reducionismos da parte dos seus receptores. Apenas para ajudar a entender, podemos quase comparar a ingressar numa escola primária com ingressar numa universidade. São dois tipos de ingressos totalmente diferentes.

Na imagem dada mais acima de jogo de cartas, também podemos encontrar um simbolismo muito sugestivo a respeito das três etapas do Plano da Hierarquia, com suas respectivas dimensões espirituais. 

Assim, Blavatsky colocou as bases do Plano e sua instrução estaria ao nível do aprendizado ou do noviciado. Embaralhar as cartas significa misturar informações; esta é uma das formas possíveis de velar os mistérios mencionadas por Alice A. Bailey. Blavatsky praticou muito isto, porém raramente de maneira consciente, reflexo em parte da própria iniciação menor de HPB que foi a segunda -mesmo sendo beneficiada por sua forte intuição. Regra geral, neste estado de coisas pouco mais é possível fazer do que elaborar teorias e realizar práticas elementares. Temos portanto aqui um certo simbolismo caótico, semelhante a uma grande “sopa de possibilidades”. Para encontrar o melhor de Blavatsky é preciso já ter um conhecimento muito avançado, porque os seus véus são muito espessos. Uma das principais “misturas” de Blavatsky será entre o naturalismo (ou materialismo, evolucionismo, etc.) e a espiritualidade, que deverão começar a ser separados na fase seguinte. Foi no Helenismo que a astrologia começou a se contaminar com o naturalismo e o pragmatismo, e também a se socializar, que na prática representa uma profanação porque a doutrina saiu da Escolas Iniciáticas tornando-se mundana. A Antiguidade procurou algumas vezes enobrecer as sociedades para poder disseminar o saber superior com segurança, mas estes foram experimentos transitórios.

Bailey trouxe a grande intermediação do Plano e sua instrução estaria ao nível do discipulado. Cortar as cartas significa exercitar o discernimento. Isto se acha até bem simbolizado na iniciação de Bailey que foi a terceira (incompleta), simbolizada na Índia pelo cisne ou Hansa. Segundo a lenda o cisne separa a água e o leite, justamente por flutuar elegantemente sobre as águas das ilusões sem contaminar-se. Através do discernimento é possível separar o joio do trigo e organizar devidamente as ideias, abrindo o caminho para a práxis oculta. Isto significa que ainda não é tudo e que o caminho precisa ser todavia percorrido. Mesmo sem ter as coisas cem por cento claras, AAB já assinala na direção de uma pureza espiritual -leia-se: soberania do Espírito- consistente. Com isto Bailey foi uma verdadeira Mestra dos Véus -uma Ísis portanto-, manejando o simbolismo oculto com autêntica maestria e manifestando uma didática invejável. Sintomaticamente, esta divisão do maço de cartas pode simbolizar a sua co-missão com Helena Roerich -também tida como uma grande pedagoga (ou deveríamos dizer mistagoga?)-, denotando uma dupla especialização em relação a Blavatsky onde Bailey assumiria a intelectualidade técnica e Roerich assumiria a sabedoria profética. Em suma, os ensinamentos desta segunda fase do Plano já resultam bastante mais puros e avançados, objetivamente falando, servindo positivamente para instruir a segunda iniciação e mesmo preparar para a terceira iniciação.

Por fim Luís A. W. Salvi trouxe a grande conclusão do Plano e sua instrução estaria ao nível da iniciação (solar) que trabalha com muita desenvoltura. Nesta etapa resta então apenas mostrar as cartas, como resultado final do jogo, e cartas altas naturalmente porque desde o início era um jogo elevado. Uma das dificuldades que alguns encontrarão nos Novos Ensinamentos é porque por vezes destoam aparentemente das abordagens Blavatsky/Bailey, uma vez que estas amanuenses ainda não tinham um completo entendimento da epistemologia dos Mistérios, em função das limitações das suas iniciações e por não ser ainda o momento para uma revelação maior. No entanto é indiscutível a grandeza das sínteses aqui manifestas, como uma autêntica expressão da Cultura da Idade de Ouro. As fórmulas e as informações de Salvi retratam aquilo que podemos chamar de a verdadeira Teosofia do Mestres. LAWS é um autêntico representante de toda uma longa cadeia de Adeptos. Mencionar Platão aqui seria apenas um exemplo menor. Exemplos recentes (que tenham alguma orientação astrológica) também seriam parciais, mas foram todos influenciados por Bailey, como Rudhyar e Saraydarian. Pitágoras era um simbolista, representante da Antiga Tradição. No mais há os perenialistas, os antigos rosacruzes e alguns ketubs sufis como Ibn Arabi. Através de LAWS realiza-se o anunciado de Bailey sobre a “Restauração do Mistérios Antigos e de Reabertura das verdadeiras Escolas de Iniciação”, tal como da Manifestação da Hierarquia. Blavatsky anunciou que o Século XXI veria o reconhecimento do esoterismo como uma ciência autêntica. O trabalho de LAWS testemunha esta realidade, como uma semente de ouro a ser depositada no solo da História. Deste modo, a instrução terciária (ou Câmara de Iniciação) conferida nesta etapa final, representa apenas uma espécie de ensinamento básico necessário, uma vez que, em termos práticos, não faz muito sentido avançar nas informações sem cumprir esta etapa. Por tudo que foi aqui exposto, observa-se que esta etapa do Plano é extremamente complexa, envolvendo energias diretas da Hierarquia e até de Shambhala. Isto significa pois que ela transcende a instrução pessoal para abarcar também a orientação coletiva.

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