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| Xamã primitivo outorgando instruções |
Autores esotéricos costumam trazer à luz supostos alfabetos primordiais da humanidade, e certamente tudo isto terá ocorrido; no entanto, sabe-se que a comunicação humana, mesmo aquela mais profunda, teve início muito antes de qualquer espécie de registro simbólico.
A humanidade dos tempos pré-verbais era substancialmente diferente e, de certa forma, estava muita mais próxima da Natureza. Sabidamente há muito que os yogas declaram a importância de “controlar o pensamento” para que a consciência possa penetrar em camadas mais profundas. Ora, num tempo em que as palavras eram mais concisas e naturais, este problema também estaria em tese melhor controlado.
Assim, se o primeiro conceito externo completo de comunicação que surgiu foi baseado na palavra e até hoje o preservamos, naqueles tempos mais primitivos tudo era muito diferente. Paradoxalmente, para muitos a grande “mídia” da época não era o som e sim o silêncio.
Naturalmente este silêncio era apenas o vertedouro para todo um rico universo de percepções. As noites altas e as cavernas solitárias eram momentos e locais convidativos para esta comunhão com os mistérios que nasciam das profundezas do silêncio. A partir do silêncio interior, o ser humano primitivo descobriu todo um mundo interno de energias, graças ao próprio instrumento da consciência, e com isto ele alcançava expandi-la cada vez mais, além de agregar vigor e energias que poderiam conduzir até a iluminação. Os recursos assim acumulados também se revelavam muito úteis para efeitos de cura espiritual.
Não casualmente as hostes de anjos chamam-se “coros”, pois eles são especialmente conhecidos nos mundos ocultos por seus cantos. Os iniciados costumam receber estas senhas diretamente dos mundos espirituais, porém posicionar-se junto aos Elementos da Natureza pode auxiliar a rememorar ou a sintonizar com estas energias.
Graças a este silêncio interior reunido à purificação espiritual, um xamã poderia conectar-se a espíritos poderosos capazes de orientá-lo e de protegê-lo, assim como todos aqueles que estavam sob os seus cuidados. Pois quando o silêncio interior total é alcançado, as únicas vozes que ainda se manifestam são aquelas do Espírito.
Deste modo a primeira grande manifestação da espiritualidade consolidou-se em torno da Ciência dos Mantras, cujos especialistas foram conhecidos como os “Mestres do Som” e “Exploradores dos sons do silêncio”. Esta é uma das razões pelas quais a introdução do Evangelho de São João declara que “no princípio era o Verbo”.
Algumas vezes este “conhecimento silencioso” poderia ser estimulado por alucinógenos, porém os verdadeiros magos consideravam tal coisa uma simples distração, e tratavam de aperfeiçoar os seus saberes sem estes recursos externos. Certamente a proximidade com a Natureza incrementou o acesso a estes recursos mágicos que também seduziram longamente as primitivas sociedades, servindo como um instrumento de duplo-efeito, pois se por um lado informava e despertava as consciências, por outro lado também viciava, desviava e acomodava. Por isto muitas vezes se tratou de restringir o seu emprego aos verdadeiros meios especializados.
Apesar de reconhecer eventuais benefícios profundos no emprego destes recursos, os malefícios também eram notórios pelo uso recorrente. O problema por vezes ia até além do vício e da alienação. Alguns ficaram tão seduzidos pelos conhecimentos mágicos que, misturando as técnicas esotéricas com alucinógenos, terminaram migrando suas consciências para aqueles outros reinos ou energias de Elementos, ficando presos lá para sempre. Disto resultavam muitas mortes e se dizia por vezes que a pessoa havia sido capturada pelo Elemental da droga. Na verdade, mesmo aqueles que permanecessem vivos mantendo-se dependentes dos alucinógenos também eram assim considerados.
Estas constatações ajudaram a estimular os primeiros esforços humanos na direção dos yogas, e cada conquista espiritual alcançada com estas novas técnicas passou a ser altamente celebrada. Até porque através disto se estavam obtendo conquistas definitivas e realizando um verdadeiro crescimento da consciência e das energias. As montanhas tornaram-se um refúgio para esta nova mentalidade espiritual mais refinada, adquirindo um simbolismo natural de elevação espiritual autêntica.
Infelizmente o homem moderno não sabe interpretar a profundidade do silêncio da cultura do ser humano primitivo. Os modernos entendem este silêncio como um vazio, quando na verdade este “nada” aparente está repleto até a borda de significados ocultos.
a. A telepatia natural
Não fosse a estranheza que os poderes ocultos do ser humano apresentam para a humanidade dos nossos dias, talvez não necessitássemos advertir quanto ao papel que a telepatia possuía entre os seres humanos então -e quase diríamos que não somente entre os próprios humanos. A verdadeira riqueza da vida espiritual dos povos primitivos é algo que se nos escapa completamente a compreensão. É claro que estes dons sempre seriam mais pronunciados entre os iniciados -os xamãs e seus aprendizes. Porém amiúde a magia também aflorava entre as pessoas comuns, e de maneira mais espontânea entre as mulheres.
Considerava-se então que a comunicação ideal era telepática, porém aqueles que realmente alcançavam este ideal contavam-se entre os grupos de místicos e de iniciados que realizavam os devidos treinamentos. Para estes o único som que deveria realmente prevalecer era aquele dos mantras, cuja emissão coletiva abria verdadeiros portais para campos de comunicação interior coletiva. Se para o homem comum a emissão já representava um som-de-poder inspirado nos animais, entre os místicos ele tomará ainda mais a forma de sons mágicos com poderes ocultos.
Os sábios buscavam ensinar as pessoas a sintonizarem as suas energias para aumentar suas capacidades de comunicação pela via telepática. Para isto o desenvolvimento da empatia era fundamental. Nós tempos primitivos em que ainda não havia uma verdadeira linguagem, buscava se tranquilizar as emoções e as ansiedades para alcançar o Silêncio criativo. Sentimentos perturbados prejudicavam a comunicação natural. Sabendo que os espíritos poderiam atrapalhar nesta comunicação, propunham-se ademais purificações da alma e dos ambientes, através de cantos e de incensos.
Um telepata experiente era capaz de intuir e de conhecer muita coisa, até mesmo a aproximação de um inimigo, especialmente se tivesse já algum conhecimento ou referência a seu respeito. Os primitivos xamãs desenvolverem métodos especiais para aprofundar o seu silêncio interior de modo a ampliar a sua capacidade intuitiva. Foi neste processo que eles criaram certos mantras como um recurso especial para harmonizar os ambientes e até os grupos de pessoas entre si.
A telepatia seria daí a verdadeira linguagem universal dos primórdios, porque estava baseada nas formas da própria Natureza. Porém há coisas que o engenho humano também ajudou a apurar. O metal por exemplo, apenas começou a ter maior intimidade com a humanidade a partir do desenvolvimento da metalurgia.
Naturalmente esta não era exatamente uma telepatia de palavras e sim de sensações ou de imagens. Não existe grande mistério nisto, porque mesmo estruturalmente -pensemos aqui em nossos sete planos teosóficos- o mental vem depois do emocional. A consciência será o fruto de toda esta construção cognitiva -e que na verdade ainda não estará completa sem a iluminação. Talvez muitos estejam treinando a telepatia de maneira equivocada. A impressão de ideias e de formas abstratas apenas é possível em mentes muito treinadas e empáticas.
Atualmente um Mestre comunica-se com seus discípulos através de símbolos, porém nos tempos primitivos a linguagem era outra. Não é segredo nenhum que os anjos se comunicam por formas, cores e sons, ou seja, por vibrações. O desenvolvimento desta percepção ajudou os iniciados a desenvolver uma sensível linguagem telepática plurisensorial, tornando assim a sinestesia algo mais comum naqueles tempos pré-verbais. Os sentidos seriam mais aflorados e a própria metáfora um recurso natural.
Certamente os primitivos videntes aprenderam muitas coisas com os seres dos mundos internos, tal como a forma de convocá-los através de sons específicos, resultando disto as primeiras criações musicais com seus respectivos instrumentos, como uma espécie de imitação da vibração dos Elementais. Este conhecimento inclusive levou a um aprimoramento de tecnologias em busca de novos instrumentos. O ouro foi o metal-mestre da metalurgia dadas as facilidades que oferece, contudo ele seria mais destinado aos ídolos; os primeiros instrumentos de metal foram naturalmente os címbalos.
Os primitivos mistagogos eram especialistas na Linguagem dos Anjos, e pretendiam empregar a vidência e a intuição para substituir a linguagem formal na medida do possível. Muitos estavam fascinados pela riqueza dos Mundos Silenciosos, que apenas não eram tanto por causa dos mantras aprendidos com os espíritos como forma de invocá-los. Muitos exercícios eram realizados para captar energias e transmiti-las para outros videntes visando treinar a mente e a sensibilidade mágica. O ocultista experiente pode desenvolver uma arte de mantras tão rica e sofisticada como aquela de um virtuose de qualquer instrumento musical.
b. Registros rupestres
Os Espíritos se comunicavam especialmente por sonhos e imagens, incluindo símbolos. Para não esquecer ou apenas para socializar estas informações, tais imagens eram retratadas em cavernas, configurando assim painéis que atiçavam a curiosidade alheia. Não raramente as visões dos xamãs também eram registradas como revelações e profecias, causando sempre grande espanto e apreensão.
Cada nova pintura num mural era motivo para muitas reuniões, servindo de roteiro para o exercício da telepatia e da intuição dos aspirantes. Não se tratavam apenas de abstrações metafísicas. Muito daquilo tudo que hoje denominamos como “arte rupestre” era geralmente instruções e orientações práticas para o dia-a-dia das pessoas. Outras vezes eram também registros de mitos e de feitos memoráveis. Imagens pintadas foram cedo usadas em apoio a ritos e a magia, antes de serem representadas em artesanato com a mesma finalidade. Mais tarde as cores foram sendo incorporadas às representações visando outorgar-lhes vida. Cada cor tinha o seu simbolismo profundo, complementado pelas formas e pelos gestos. E quando falamos em “gestos”, nos referimos na realidade a um grande conjunto de sinais corporais e outros, que todas as espécies não-verbais estão acostumadas a observar com muita atenção.
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| Magia cerimonial nas cavernas |
Porém, estas cavernas tinham algo ainda mais especial: uma especial ressonância acústica, como pesquisas recentes realizadas na Europa e na Ásia vem comprovando. À maneira de catedrais, tais cavernas teriam sido usadas como locais de cantos sagrados e de trabalhos de reverberação mágica, vibrando a harmonização grupal das energias e até mesmo o refinamento e a elevação da frequência dos participantes. Ademais o uso poderia ser perfeitamente plural, como numa associação didática e mística entre as imagens e os sons. Tanto poderia ser uma instrução aberta exotérica como uma invocação ritual esotérica.
A criação da linguagem foi algo realmente mágico, de grande poder evocativo. Cedo se compreendeu o poder da palavra, e o quanto ela poderia influenciar em nossa mente. A falta de uma linguagem elaborada prejudicava no pensamento, mas sua sofisticação era especialmente útil para a comunicação e para a educação.
O certo é que o desenvolvimento da mente esteve estritamente relacionado com a evolução da linguagem, vindo o alfabeto aos poucos como uma derivação natural para fins de representação visual e apoio comunicativo. Afinal é muito difícil ensinar palavras sem imagens para acompanhá-las. Por isto todo o aprendizado deve começar por coisas muito concretas.
Naturalmente estes processos foram amadurecendo aos poucos. Não obstante esta inovação não resultaria de simples improvisos. Oportunamente sistemas mais elaborados seriam apresentados, e quanto algum novo modelo aparecesse o antigo poderia ser substituído.
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| Desenhos mágicos no Sahara primitivo |
c. O desenvolvimento da linguagem
Contudo, à medida em que crescia a humanidade e as coisas tornavam-se mais complexas e desafiadoras, ia se perdendo aquele elo ancestral intuitivo das origens, exigindo novos recursos de comunicação entre as pessoas. Ainda que se considere a linguagem articulada como um grande passo da evolução, ela foi apenas a primeira medida adotada pelas espécies naquela mesma direção que impulsionaria todas as restantes formas de mídias criadas pelos seres humanos, passando pela escritura e pelos modernos veículos de comunicação. Esta direção é aquela da cultura de massas.
Muito se debate sobre quando o ser humano ou seus predecessores começaram a articular palavras e a possuir uma linguagem verdadeira. Assim como se especula quanto à natureza da comunicação entre as espécies antes da criação dos alfabetos. Mais adiante trataremos da verdadeira comunicação oculta dos primórdios das humanidades.
O certo porém é que muito antes disto acontecer ele começou a manifestar outros sons, para imitar a sonoridade dos animais e dos próprios Elementos. A mímica e a gestualística representaram a nossa primeira forma de linguagem, juntamente com sons expressivos associados.
Como tantas vezes acontece, o ser humano também começou a aprender a se comunicar com os animais. Observou a forma como estes emitem sons para comunicarem-se, sobretudo entre aqueles da sua própria espécie. Com os macacos em especial puderam obter grandes aprendizados. Ainda hoje muitos mantras importantes evocam a sonoridade dos animais-de-poder emulados pelos xamãs em seus rituais e pelos guerreiros em suas caças.
A música e o canto tornaram-se muitas vezes uma linguagem primitiva. Ainda hoje os povos nativos da África do Sul sabem comunicar-se com cantos e com música. A entonação representa um recurso importante para definir o sentido dos sons.
A tradição oral é considerada muito anterior à escrita, mas não tanto assim em escala paleoantropológica. E não deveria ser surpresa notar que a elaboração de um alfabeto verdadeiro estivesse diretamente relacionada à organização da própria Civilização. Acontece que a vida primitiva era simples e natural, não demandado maior necessidade de comunicação complexa e detalhada. Um mundo sem classes ou propriedades pode simplificar deverasmente as coisas.
Antes de tudo foram os sentimentos que seriam codificados, quase como se fossem emitidos, antes de serem realmente nomeados. A base de toda a linguagem era binária: “sim” e “não”, equivalendo a “com” e “sem.” Seguida por sons únicos que reunidos a “sim” e “não” faziam alusão aos fatos mais elementares da vida, incluindo os instintos naturalmente: nascimento e morte, dor e prazer, fome e sacies, desejo e satisfação, amor e ódio, e por fim, segurança e perigo. Estes eram os mais importantes. As primeiras palavras verdadeiras foram evocativas, e acompanharam as suas representações em imagens nas cavernas.
Para a comunicação entre os seres humanos bastavam gestos e a emissão de sons auxiliares, mas os primeiros “objetos” a serem nomeados foram as próprias pessoas, ainda que não no seu nascimento e tampouco com palavras exatamente articuladas. Os primeiros nomes tiveram mais a função de títulos, para referir-se às autoridades naturais e sociais -pai, mãe, líderes e xamãs. As pessoas depois passaram a receber “nomes” a título de alcunhas.
Sons cedo foram incorporados às artes da cura, para fins de invocação de deuses e também com finalidades mântricas ou energéticas. Os primeiros “artistas” foram os xamãs, mestres em criar símbolos, conteúdos e significados. Com eles surgiram as primeiras histórias, relacionadas aos mitos ancestrais.
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| Xamã primitivo controlando a magia dos ventos |
Xamã primitivo controlando a magia dos ventos
Os ventos ensinaram o ser humano a cantar. As primeiras orações para invocar os Elementais dos ventos eram cantos variados imitando a sua sonoridade. Os mantras dos ventos sempre estiveram entre os mais melodiosos. Seus objetivos eram realizar curas, impingir enfermidades e até praticar a levitação. O vento era sinônimo de mobilidade e de abrir caminhos, assim como de encerramento caso ele seja negado ou apreendido. Os grandes dolmens (acima) também eram altares de ventos, que podiam ser abertos e fechados como portais enquanto o feiticeiro evocava alguma pessoa ou circunstância (geralmente através de imagens esculpidas) para manejar os seus caminhos.
Foi somente depois que o ser humano elaborou todo um rico repertório sonoro que a linguagem começou a ser articulada, seguido pelo alfabeto, inicialmente monossilábico e representativo (como hieróglifos e ideogramas), e depois criando palavras verdadeiras. Tampouco é casual que os primeiros registros alfabéticos tivessem propósitos religiosos, ainda que motivações práticas de comércio não lhe ficassem muito atrás.
Não podemos deixar de observar o quanto o ser humano foi longe em sua Civilização sem o concurso da escrita formal! Foi demonstrado ser perfeitamente possível organizar avançadas sociedades teocráticas sem contar com alfabetos, bastando para isto a velha Tradição Oral e alguns recursos visuais. É quase a dizer que uma cultura qualitativa e uma tradição viva prescindem de registros históricos e de cálculos, porque um dos grandes motivos dos alfabetos é registrar contabilidades e testemunhar feitos. Os registros nas sociedades neolíticas puras se limitam a representar os deuses e os símbolos apropriados aos cultos.
Ainda que a magia tenha enfraquecido em nosso mundo, a escrita ainda preserva as suas raízes mágicas. A escrita nasceu remotamente da faculdade de percepção das coisas. Ela nasceu de um sentimento e de uma reação alguma coisa. Logo este algo foi representado pictoricamente, antes mesmo de ser comunicado através de linguagem. Os símbolos e as representações serviram de apoio para a transmissão verbal de ideias e de informações. Isto acontece ainda hoje no processo de alfabetização. Até que eles puderam ser simplificados na forma de ideogramas e finalmente como letras de um alfabeto.
Durante o Neolítico floresceu a chamada Civilização do Danúbio com seus enigmáticos registros que para muitos representam a primeira forma de escrita elaborada pelo ser humano. Os Símbolos Vinca como ficaram conhecidos, acham-se distribuídos em peças de artesanato como cerâmica, estatuetas, fusos e outros artefatos de argila, encontrados em vários sítios arqueológicos nas áreas do Vale do Danúbio, representando uma linguagem mágica ou votiva, daí as dificuldades para a sua decifração.
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| Os "Símbolos Vinca" |
Toda a linguagem nasceu como uma expressão do poder do espírito, e igualmente os alfabetos depois, secundados então pelos poderes materiais - da mesma forma como os templos de Gobekli Tepe se anteciparam ao surgimento da agricultura.
d. A origem dos Números
A cosmologia representa um conhecimento bastante antigo na humanidade. Este tipo de informação tem sido dado e transmitido desde que a nossa espécie ultrapassou o umbral da evolução terciária maior no presente Globo. Portanto há muitos milhares de anos, antes mesmo da criação dos alfabetos. Mais exatamente, iniciando há 30 mil anos e consolidando-se há cerca de 15 mil anos atrás. A linguagem já estava suficiente desenvolvida já na humanidade, porém a comunicação coloquial nem era o principal meio de transmissão destas informações, e sim o simbolismo e especialmente os números. Sempre foi muito mais fácil expressar números do que palavras; bastava algumas séries de sinais insuspeitos em códigos para se poder registrar valores importantes através das gerações. Na verdade, pessoalmente, era comum simbolizar os números pelos dedos, que é uma das grandes razões da escala decimal ser assim tão natural até os nossos dias.
Estudos modernos revelam que, na verdade, boa parte do simbolismo planetário e mesmo dos alfabetos derivam de uma codificação original dos números. Portanto os pesquisadores fariam melhor buscando as raízes dos alfabetos nos números do que nos alfabetos formais propriamente ditos. Naturalmente estes números eram muito mais espirituais do que materiais, e mais numênicos do que fenomênicos. A Cultura da Qualidade antecedeu em muito a Cultura da Quantidade em nossa humanidade. E este conhecimento ainda é integralmente preservado através da Cabala e da Numerologia em muitas tradições.
LAWS, “A Doutrina Secreta Revelada”, Volume I, “Cosmosíntese”.
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